Projecto da Agrária de Coimbra vence 9.º concurso universitário da CAP

O projecto “Casca Rija”, desenvolvido por uma equipa de estudantes e docentes da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC), é o grande vencedor da 9ª edição do Concurso Universitário & Politécnico “CAP – Cultiva o teu Futuro”, dedicada à “Inovação nos Frutos Secos e Secados”.

O concurso é uma iniciativa promovida pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), com o objectivo de estimular a criatividade e a inovação dos estudantes do ensino superior sobre temas específicos do sector agrícola, tendo os vencedores sido conhecidos no dia 20 de Outubro, numa cerimónia que teve lugar no auditório principal do CNEMA, em Santarém.

O projecto vencedor, da autoria dos estudantes da ESAC, Lara Campos, Pedro Soares e Tânia Silva, a frequentar o Mestrado em Biotecnologia, Agricultura Biológica e Engenharia Alimentar, respectivamente, que contou ainda com a orientação dos docentes Ivo Rodrigues e Marta Henriques, consiste na valorização das cascas e películas dos frutos secos (noz, castanha, amêndoa e avelã) geradas nos processos de descasque e a ideia é que estes sejam produzidos e comercializados como alternativa ao processo de envelhecimento de aguardente.

Com a solução apresentada, e uma vez que as cascas dos frutos secos são matérias-primas ricas em compostos bioactivos de elevado valor acrescentado, como é o caso dos antioxidantes, corantes naturais e compostos aromáticos, passíveis de extração alcoólica, a equipa pretende acrescentar valor a estes subprodutos, dando-lhes uma utilização mais nobre.

Foram identificadas como vantagens dos produtos desenvolvidos no contexto do projecto o facto de permitirem produzir aguardentes envelhecidas personalizadas com diferentes tons, sabores e aromas únicos, consoante o blend utilizado, grau de queima das cascas e tempo de extração; a aceleração do processo de envelhecimento, possibilitando que a aguardente chegue ao mercado de forma mais rápida e a custo reduzido; e a promoção da economia circular do sector de frutos secos, contribuindo para a conservação de espécies que integram a designação de zonas especiais (carvalho e castanheiro), bem como para acrescentar valor a um resíduo.

Ao ter ficado classificada em 1.º lugar, a equipa da ESAC ganhou um prémio monetário de cinco mil euros.

Refira-se que esta nona edição do concurso contou com 372 candidatos, 107 inscrições e com a participação de 39 docentes representantes de 36 Universidades e Institutos Politécnicos de Portugal. No total, foram submetidos 69 projectos a concurso.

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