Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), as exportações portuguesas de frutas, legumes e flores em 2022 atingiram um valor de 2.040 milhões de euros (M€). Este número representa um aumento de 15,6% em comparação com 2021 e um resultado «recorde», como o valor mais alto registado até à data, além de se ter ultrapassado a meta dos 2.000 M€ de valor em exportações, que tinha sido definida pela Portugal Fresh – Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal há alguns anos atrás.
A Portugal Fresh anunciou estes dados no dia 9 de Fevereiro, no âmbito da feira internacional Fruit Logistica, em Berlim, Alemanha, onde a associação organizou uma presença conjunta, que reúne 27 empresas e entidades portuguesas. De acordo com a Portugal Fresh, os dados divulgados pelo INE permitem concluir que, «em volume, as vendas internacionais também cresceram 13,6% para 1.835 milhões de quilos».
Em termos de mercados de destino, a entidade refere que «Espanha continua a ser o maior cliente de Portugal na compra de frutas, legumes e flores (com um peso de 35%», seguida por França, Países Baixos, Alemanha, Reino Unido e Bélgica. No total, 80% das exportações portuguesas de frutas, legumes e flores é escoada para a União Europeia.
Quanto a produtos exportados, os principais foram o tomate processado (330 M€), os pequenos frutos (260 M€), os citrinos (172 M€), as peras (111 M€) e o tomate fresco (79 M€). Ao divulgar estes números, Gonçalo Santos Andrade, presidente da Portugal Fresh, afirmou que «este é um marco histórico para todo o sector e o resultado de mais de uma década de investimento, não só na promoção internacional, mas também em inovação e tecnologia».
«As empresas portuguesas estão de parabéns! Nestes últimos anos em particular, e num contexto particularmente adverso, demonstraram uma enorme capacidade de resiliência, o que só prova que a aposta no sector é uma aposta ganha e que é, de facto, estratégica para o desenvolvimento económico do país», disse. «Reafirmamos, mais uma vez, a urgente necessidade de valorizar o sector agroalimentar. Precisamos de um Ministério da Agricultura e Alimentação que corresponda a esta ambição de crescimento, com uma estrutura robusta e competente que trabalhe em estreita colaboração com o sector», comentou ainda Gonçalo Santos Andrade, que anunciou estes dados na companhia do embaixador português na Alemanha, Francisco Ribeiro de Menezes.