Dia 28 de Janeiro, a partir das 9h30, tem lugar um webinar do projecto LeguCon, para apresentação dos objectivos principais da iniciativa e das ferramentas que serão utilizadas. Desenvolvido pelo Centro de Biotecnologia e Química Fina da Universidade Católica Portuguesa, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, este projecto visa o «aumento da produção de leguminosas, para um consumo mais sustentável».
O projecto LeguCon pretende criar um consórcio «promotor de leguminosas no País, com uma vertente participativa e interactiva entre ciência e cidadania». Este consórcio «ajudará todos os interessados em implementar leguminosas nos seus terrenos com formações práticas e esclarecimentos técnicos», com os promotores a afirmar que, «com o apoio da nossa experiência participativa, iremos demonstrar, em termos práticos, quais as vantagens de introduzir leguminosas numa exploração agrícola, e também quais as possíveis adversidades e formas para ultrapassá-las».
Segundo os promotores, «além da partilha de conhecimento e da promoção do contacto entre diferentes stakeholders, vamos desenvolver uma experiência participativa para apoiar seis explorações agrícolas na implementação de leguminosas nos seus terrenos, com um prémio de 2.000 euros e acompanhamento técnico, desde a sementeira até à colheita». Essas explorações serão escolhidas através de um concurso, dirigido a produtores agrícolas da região Norte, com inscrições a decorrer entre 28 de Janeiro a 28 de Fevereiro de 2021.
Entre outros procedimentos, os agricultores deverão disponibilizar um mínimo de um hectare de terreno para o cultivo de uma leguminosa, realizar a manutenção da cultura desde a plantação até à colheita e providenciar dados de estabelecimento da cultura, produtividade, custos de produção, rendimentos. O prémio de 2.000 euros «corresponde aos custos de manutenção das culturas e compensação pelo valor de produção perdido nesse ano devido à mudança de cultura no(s) ha(s) cedido(s)», ficando o projecto responsável pelos recursos necessários para a instalação das culturas (nomeadamente, sementes, fertilizantes, fitofármacos, etc).
Os promotores do LeguCon sublinham que «os níveis de produção de leguminosas em Portugal são muito baixos, o que faz com que o País seja altamente dependente da importação destes bens», o que leva a que, «mais do que nunca, a produção nacional deve ser priorizada e os produtores precisam de estímulos para conseguirem arrancar novas culturas e adoptar novas metodologias que até agora não desenvolviam nas suas áreas de produção». A inscrição no webinar, cujo programa apresentamos, é gratuita e pode ser feita aqui.
9h30 – Sessão de abertura
Manuela Pintado, Directora do Centro de Biotecnologia e Química Fina, UCP
Maria Nicolau de Almeida, Fundação Calouste Gulbenkian
LeguCon e o concurso de incentivo para agricultores participativos – Carla Santos, investigadora responsável do projecto, CBQF/UCP
Biodiversidade nas leguminosas para a alimentação e agricultura – Ana Maria Barata, Banco Português de Germoplasma Vegetal
Vantagens biológicas vs. socioeconómicas do cultivo de leguminosas – Patrícia Vidigal, ISA/ULisboa
Promovendo leguminosas no contexto europeu – Marta Vasconcelos, CBQF/UCP
Projecto Maissolo, o conhecimento para a melhoria dos sistemas produtivos – Maria do Céu Godinho, IPS/ESAS
Um caso de sucesso do cultivo de soja na região Norte – Rosa Moreira, cientista agrícola
Desafios para a inovação e sustentabilidade nos sistemas agrícolas – Susana Carvalho, GreenUPorto/FCUPT
11h00 – Mesa-redonda
Moderador António Mexia, ISA/ULisboa
António Manuel monteiro, assessor da direcção da unidade orgânica da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte
João Santos Silva, director do Centro de Competências para o Tomate-indústria
Inês Vinagre, Torriba
