Chegou ao fim, recentemente, o projecto europeu DAFIA, que tinha como objectivo valorizar resíduos sólidos urbanos e subprodutos da indústria do pescado para obter novos produtos e aditivos de elevado valor acrescentado. Do projecto resultaram: retardantes de chama alternativos aos que possuem compostos halogenados (que podem ser usados no sector da automação); substâncias químicas para produzir novos plásticos a partir de recursos de origem renovável (biopolímeros a partir de resíduos sólidos urbanos, também com utilização no sector da automação); embalagens para alimentos com protecção barreira sustentáveis e revestimentos comestíveis.
Segundo um comunicado do Aimplas (Instituto Tecnológico del Plástico), de Espanha, entidade líder do projecto, a partir dos resíduos da indústria do pescado foi possível obter «materiais alternativos ao EVOH – de origem petroquímica – com propriedades de barreira ao oxigénio». «Trata-se de uma formulação baseada em gelatina que se pode incorporar no filme da embalagem alimentar ou envolver o próprio alimento, sob a forma de revestimentos comestíveis, que permitem alargar a sua vida útil.»
Esta iniciativa, que os promotores dizem estar alinhado com a economia circular, durou quatro anos e recebeu financiamento do programa Horizonte 2020, da União Europeia. O projecto DAFIA reuniu 15 parceiros, de 10 países – incluindo Portugal, através da Biotrend.