Projecto aQuacer quer promover eficiência do uso da água nos cereais

Promover o uso eficiente da água nas culturas dos cereais é o mote do projecto aQuacer, que vai durar um ano. Esta iniciativa envolve cinco entidades: Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo (Anpromis), Associação Nacional de Produtores de Proteaginosas, Oleaginosas e Cereais (ANPOC), COTArroz – Centro Operativo e Tecnológico do Arroz, Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio (COTR) e Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O projecto contempla a «organização de dez acções de demonstração específicas para cada tipo de cultura e adaptadas às regiões onde predomina o seu cultivo», estando pensadas acções para a cultura do milho no Ribatejo e no Vale do Mondego, acções para os cereais praganosos no Alentejo e acções para a cultura do arroz nestas três zonas geográficas». Segundo os promotores, no final do projecto será organizada uma «conferência de balanço e apresentação das principais conclusões e linhas de actuação futuras».

Esta iniciativa resulta de uma candidatura, recentemente aprovada, ao concurso “Apoio à demonstração na gestão da água de rega”, lançado em 2021 pela Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito do “Programa Gulbenkian Desenvolvimento Sustentável”. Este concurso visou «contribuir para um uso mais eficiente de água na agricultura», proporcionando «um apoio dirigido a entidades com conhecimento e experiência na gestão da água de rega, que possam trabalhar com outros representantes do sector agrícola».

«As medidas de adaptação e mitigação às alterações climáticas são uma prioridade mundial. Portugal, em concreto, encontra-se entre as zonas europeias com maior exposição e vulnerabilidade aos impactos da mudança dos padrões climáticos. Esta realidade afecta já os nossos sistemas de produção agrícola», referem os promotores do projecto, sublinhando que querem «fazer parte da solução». «O regadio revela-se, assim, determinante para um país com um clima mediterrânico como o nosso e o uso eficiente da água representa, cada vez mais, um desafio para a agricultura nacional», acrescentam.

«O sector dos cereais tem estado de mãos dadas no desenvolvimento desta fileira. E este desenvolvimento passa não só pela estruturação e valorização da produção, mas também pela disseminação de conhecimento, contribuindo activamente para a promoção da inovação, sustentabilidade e eficiência do uso dos recursos», comenta Tiago Silva Pinto, secretário-geral da Anpromis, organização líder da candidatura. «Neste projecto, temos o enorme privilégio de contar com a participação do COTR, que concentra o conhecimento técnico em torno da temática do regadio nacional, e do IPMA, autoridade máxima no conhecimento da atmosfera e modelação climática em Portugal e responsável pela recolha e disponibilização de informação meteorológica oficial, imprescindível a uma boa gestão da água. O reconhecimento do nosso empenho e desta importante conjugação de esforços, por parte da Fundação Calouste Gulbenkian, é pois motivo de grande orgulho para nós.»

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