A ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, participou em dois eventos em Berlim, na Alemanha, nos dias 17 e 18 de Janeiro. No primeiro dia esteve presente na 85.ª edição da “Semana Verde Internacional de Berlim”, onde visitou as nove empresas portuguesas que participam, com o apoio da Associação do Cluster Agroindustrial do Centro, Inovcluster.
Na ocasião, salientando que os agricultores portugueses estão «preparados e motivados» para a transição para práticas mais sustentáveis, a ministra referiu que todos temos consciência de que, «para garantirmos a nossa existência, temos de fazer diferente e a agricultura é um contribuinte líquido para fazermos face a este modelo de transição». Maria do Céu Albuquerque afirmou também que «temos, cada vez mais, de transitar para meios de produção biológica, orgânica, mais consciente da utilização eficiente dos recursos, como é o caso da água, respeitando o solo» e que se pretende fazer uma transição onde os agricultores «não percam competitividade, onde possam alavancar a sua atividade económica, mas com respeito cada vez maior pelo ambiente e por boas práticas para servir as pessoas». Defendeu ainda que «esta mudança é possível, até porque o consumo também está a mudar, o consumidor está mais atento, e a Comissão Europeia apresentou o ‘Green Deal’, o pacto ambiental, e vai apresentar a sua declinação para a agricultura, [em que], claramente, quer corresponder a este modelo de transição para uma agricultura cada vez mais preparada para mitigar as alterações climáticas e garantir o futuro».
No dia seguinte, a ministra participou no “XII Fórum Global para a Alimentação e Agricultura”, onde, sob o mote “Alimentos para todos! Comércio internacional para uma alimentação sustentável e segura”, 71 ministros da Agricultura «estiveram a debater as linhas estratégicas de um futuro modelo agrícola», explica um comunicado do Ministério. Num comunicado conjunto, os participantes do evento sustentam que «as políticas comerciais devem fazer parte de uma estratégia maior, assente num modelo de comércio seguro, mas também sustentável, mais equitativo, com produção de alimentos de maior qualidade, e baseado em regras mais justas e transparentes».
Maria do Céu Albuquerque disse, durante este evento, que é preciso «responder aos desafios inerentes ao desenvolvimento de uma agricultura ainda mais sustentável, ainda mais competitiva e ainda mais inovadora». Assim, «é preciso dar continuidade à missão deste sector e reforçar o papel da agricultura em Portugal, nomeadamente na garantia da produção de alimentos com qualidade e elevados padrões de segurança, respeitando o ambiente e o bem-estar animal».
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