INE publica Estatísticas Agrícolas de 2021

Já está disponível a versão de 2021 das “Estatísticas Agrícolas”, documento anual produzido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). As “Estatísticas Agrícolas – 2021”, que pode consultar aqui, incluem dados sobre diversas vertentes: produção (vegetal, animal, florestal); agricultura e ambiente (fitofármacos, fertilizantes e balanço de azoto e fósforo); indústrias alimentares, das bebidas e do tabaco; comércio internacional (de produtos agrícolas, agroalimentares e florestais); balanços de aprovisionamento; balança alimentar; preços e índices de preços na agricultura; contas económicas (da agricultura e da silvicultura).

Segundo o INE, no ano agrícola 2020/2021, a produção de cereais de Outono/Inverno foi de 189,2 mil toneladas, uma das mais baixas dos últimos 35 anos (apenas superior às campanhas de 2005, 2011 e 2012), reflexo de uma redução quase generalizada em todas as espécies. Por sua vez, a produção de cereais de Primavera/Verão aumentou 10,3% no milho e 32,5% no arroz.

Também se refere que a produção de maçã atingiu 368,2 mil toneladas – a segunda colheita mais produtiva dos últimos 35 anos –, que a produção de kiwi superou pela primeira vez as 55.000 toneladas e que a campanha da cereja foi a mais produtiva dos últimos 49 anos. O INE assinala igualmente um incremento de 31,1% na produção de amêndoa, alcançando as 41,5 mil toneladas, para o que contribuiu a entrada em produção de novos amendoais intensivos.

No caso do vinho, a produção subiu 14,7%, perfazendo 7,2 milhões de hectolitros – volume superior à média dos últimos cinco anos (6,4 milhões de hectolitros) –, enquanto a produção de azeite atingiu um «máximo histórico» de 2,29 milhões de hectolitros. O INE salienta que o défice da balança comercial dos produtos agrícolas e agroalimentares totalizou 3.845,9 milhões de euros em 2021, o que representa um «agravamento» de 401,6 milhões de euros face ao ano anterior, principalmente devido à evolução dos cereais – onde se registou um aumento do défice em 154,6 milhões de euros.

A entidade afirma que a diminuição na produção (-8,1%) e nas exportações (-4,5%) e a manutenção nas importações «agravaram o grau de autoaprovisionamento dos cereais» – com excepção do arroz –, o qual foi de 19,4% em 2021. É ainda indicado que se registaram incrementos «significativos» do índice de preços de produção dos bens agrícolas (+5,6%), do índice de preços dos bens e serviços de consumo corrente na agricultura (+14,2%) e do índice de preços dos bens e serviços de investimento da actividade agrícola (+3,2%).

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