A 15.ª edição da Conferência Internacional de Organização de Produtores de Frutas e Legumes (ICOP) teve lugar nos dias 24 e 25 de Novembro, em formato virtual, devido às condicionantes geradas pela pandemia de covid-19. Organizado anualmente pela empresa austríaca de consultoria gfa-consulting, este evento, que se deveria ter realizado de forma presencial na Áustria, contou com 120 participantes de 15 países europeus.
«Depois do cancelamento da ICOP 2020, em 2021 foi particularmente penosa a transição num curto prazo para um evento online devido ao confinamento [na Áustria]. Contudo, esperamos ter conseguido tirar o máximo partido desta situação especial e que a conferência tenha sido interessante para todos os participantes. Vamos pensar no futuro de forma positiva. Estamos ansiosos por encontrar a “família ICOP” no próximo evento», referiu Wolfgang Braunstein, CEO da gfa-consulting, no encerramento do evento. A edição de 2021 da ICOP foi estruturada em quatro tópicos, com apresentações e, por cada tópico, um debate final entre os oradores, com questões dos participantes.
O primeiro tópico, “Aumento do consumo de frutas e legumes com valor acrescentado para consumidores, distribuição e produtores”, abrangeu apresentações sobre tendências internacionais no sector alimentar (por Cyriacus Schultze), transição de grossistas e retalhistas para sistemas alimentares sustentáveis (por Els Bedert, da EuroCommerce, entidade representativa dos grossistas e retalhistas da Europa), as organizações de produtores como o elo de ligação entre produtores e mercados (por Josef Peck, da amcAustria, entidade representativa das organizações de produtores de frutas e legumes da Áustria) e a importância do consumo de hortofrutícolas para um estilo de vida saudável (por Thomas Rudelt, do grupo Metro Cash & Carry Austria). No âmbito deste tópico, Gonçalo Andrade, presidente da Portugal Fresh – Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal, fez uma apresentação intitulada «A cadeia agroalimentar é o motor da economia da União Europeia».
O segundo tópico envolveu temas como a Organização Comum de Mercados (OCM), a Política Agrícola Comum (PAC), o quadro legal actual para criar e financiar organizações de produtores e uma comparação entre as intervenções sectoriais, na área das frutas e legumes, nos Planos Estratégicos da Política Agrícola Comum (PEPAC). Os oradores foram Celine Keidel (representante da Comissão Europeia), Luc Vanoirbeek (Copa-Cogeca), Gabriele Uhlig (gfa-consulting), Wim Rodenburg (DPA) e Luca Contrino (Areflh).
No bloco temático dedicado a mercado, tendências, inovação e internacionalidade, um dos focos residiu nos impactos da pandemia de covid no sector alimentar. Falou-se de comércio electrónico (por via de Roland Fink, da loja online niceshops), de soluções tecnológicas para a produção (por Gottfried Pessl, da Pessl Instruments), de dinâmica para os hortofrutícolas frescos em momentos disruptivos (por Philippe Binard, da Freshfel Europe) e de como lidar com desafios estratégicos futuros (por Wolfgang Braunstein, Claudia Satke, Petra Pieringer e Markus Henrich).
No âmbito do quarto tópico, procurou-se difundir exemplos de melhores práticas de empresas e entidades de diferentes zonas da Europa. Foram apresentados exemplos de Áustria (por Bernhard Ramminger, da OPST), da Eslovénia (Bostjan Kozole, da Evrosad), da Hungria (Peter Kelemen, da FruitVeb) e da Grã-Bretanha (Jack Ward, da British Growers Association).
