Dia Internacional da Sanidade Vegetal: Anipla aponta caminhos para o sector agrícola

Na data em que se assinala o Dia Internacional da Sanidade Vegetal, 12 de Maio, e perante os desafios sociais e económicos ímpares que o mundo enfrenta, a Anipla – Associação Nacional da Indústria para a Protecção das Plantas volta a reforçar o alerta: «numa altura em que é necessário produzir cada vez mais alimentos, assegurando a sustentabilidade do planeta e o equilíbrio dos ecossistemas, e perante um quadro legislativo europeu de cada vez maiores constrangimentos e limitações, é urgente valorizar as tecnologias e sistemas de inovação à disposição do sector, capacitando os profissionais para as integrarem no seu dia-a-dia, fazendo com que ciência e práticas agrícolas caminhem em conjunto. Proteger as plantas é proteger a vida, rumo à sanidade vegetal!».

Sabemos que as plantas representam 80% dos alimentos que comemos, além de fornecerem 98% do oxigénio que respiramos. Contudo, cerca de 40% das culturas alimentares ainda se perdem, ano após ano, por via das constantes e cada vez mais persistentes doenças e pragas que afectam tanto as culturas como a segurança alimentar, provocando inúmeros prejuízos para quem produz alimentos.

Por isso, três anos depois da primeira celebração de um ano dedicado à sanidade vegetal, persiste a questão: como podemos colocar, cada vez mais, a tecnologia, inovação e avanços científicos ao serviço de um sector resiliente, empenhado e cada vez mais activo na defesa do planeta e daquilo que comemos?

«A resposta poderá não ser simples, mas faz soar alarmes que não são novos para a indústria e que têm motivado inúmeras mensagens a uma só voz: é urgente formar os profissionais agrícolas para a incorporação de ciência e inovação tornando os seus sistemas de produção cada vez mais eficientes, na certeza de que, ainda que o caminho se faça caminhando, os resultados deste trabalho são já visíveis e promissores».

E a nível europeu, as análises «não deixam margem para dúvidas»: um relatório recentemente apresentado pela EFSA, que se dedicou a analisar um conjunto de 87.863 amostras de alimentos na União Europeia, mostra que 96,1% das amostras não ultrapassam os níveis legalmente permitidos na utilização de produtos fitofarmacêuticos.

«Um sinal de confiança para aqueles que todos os dias estão em campo e se esforçam por garantir um uso sustentável dos recursos, colocando toda a ciência, inovação e tecnologia a trabalhar em prol de uma alimentação, responsável e de qualidade e de um planeta seguro, protegido e capaz de acolher e responder a uma população que não pára de crescer», refere João Cardoso, director executivo da Anipla, em comentário aos dados revelados pelo último relatório da EFPSA sobre resíduos de pesticidas nos alimentos na União Europeia.

Ainda neste mesmo estudo, perto de 60% das amostras foram consideradas isentas de níveis quantificáveis de resíduos, entre as quais beringelas, bananas, bróculos, melões, uvas de mesa, azeite virgem, trigo, gordura bovina e ovos de galinha, ou seja, «demonstrando que a grande maioria dos alimentos que todos conhecemos, que fazem parte da dieta mediterrânea, e que a maioria das populações consome regularmente, são seguros, convivendo em perfeita harmonia com a defesa constante do planeta e da manutenção da biodiversidade», acrescenta ainda.

A agricultura está a modernizar-se dia após dia, em prol de um planeta mais seguro e onde todos nos alimentamos de forma sustentável; a formação de profissionais e a sua capacitação para o uso de técnicas cada vez mais eficientes e avançadas é uma necessidade constante; e a sanidade vegetal caminha a par e passo com esta necessidade urgente de alimentar uma população que não vai parar de crescer e que convive hoje com «constrangimentos ambientais, económicos e legislativos cada vez mais desafiantes».

Por isso, no dia em que se assinala a importância de preservar e defender a sanidade vegetal, a Anipla junta-se às iniciativas da Direcção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) para promover a consciência da importância da saúde das plantas, além de marcar presença no Encontro Nacional de Inspectores Fitossanitários onde estas e outras questões estarão em debate e reflexão.

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