A Direcção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) procedeu recentemente à actualização da zona demarcada para a Xylella fastidiosa da área metropolitana do Porto, através do Despacho N.º 48/G/2022. Esta actualização foi realizada «em resultado da confirmação da presença da bactéria Xylella fastidiosa em quatro novos locais, nos concelhos de Vila Nova de Gaia e Santa Maria da Feira», explica a DGAV.
A entidade sublinha que foi «detectada, pela primeira vez, uma laranjeira infectada com a bactéria Xylella fastidiosa subspécie multiplex, aguardando-se ainda a determinação do ST» [strain type – estirpe]. Em consequência, «a DGAV actualizou o Plano de prospecção nacional, tendo agora sido incluída a laranjeira na lista de espécies prioritárias a prospectar».
Recorde-se que a Xylella fastidiosa é uma bactéria que afecta muitas espécies vegetais «importantes – tais como oliveira, amendoeira, cerejeira, citrinos, videira e sobreiros e diversas ornamentais, incluindo lavandas, rosmaninho, loendros e polígalas» – e que se dispersa «a distâncias curtas através de insectos e, a longas distâncias, pelo movimento de plantas contaminadas». Actualmente, são reconhecidas quatro subespécies (ou variantes) para esta bactéria: fastidiosa, multiplex, sandyi, pauca. Recentemente, foi proposta a subespécie morus, que infecta a amoreira.
A presença da bactéria foi confirmada pela primeira vez na Europa em 2013, no sul de Itália, região da Apúlia. Dando cumprimento ao estabelecido na legislação comunitária em vigor, Portugal implementou, desde 2014, um programa nacional de prospecção anual desta bactéria em todo o seu território e, neste âmbito, em Janeiro de 2019, foi assinalada pela primeira vez a sua presença, no concelho de Vila Nova de Gaia.
Pode consultar aqui o Despacho N.º 48/G/2022, que determina a actualização da zona demarcada para a Xylella fastidiosa na Área Metropolitana do Porto. Os interessados podem obter aqui mais informação sobre esta bactéria e sobre as zonas demarcadas em Portugal.