Associados da AEVO valorizaram 480.000 t de lamas de ETAR em 2020

Em 2020, os associados da AEVO (Associação de Empresas de Valorização de Orgânicos) valorizaram aproximadamente 480.000 toneladas (t) de lamas de ETAR (Estações de Tratamento de Águas Residuais), um produto resultante do processo de tratamento das águas residuais. Este volume, «em linha com o período homólogo», representa aproximadamente 60% do total de lamas produzidas no ano passado em Portugal, uma vez que os associados da AEVO, fundada em 2019, «são responsáveis pela valorização de mais de 60% das lamas de ETAR produzidas» no País.

A AEVO indica que cerca de 400.000 t de lamas «foram valorizadas através do processo de compostagem, dando origem a um produto final de excelente qualidade, utilizado na agricultura como correctivo orgânico». Quanto ao volume restante, «após os tratamentos de higienização, foram encaminhadas para valorização agrícola directa, um valor residual explicado pelos diversos entraves burocráticos à execução desta técnica, mais rápida e menos dispendiosa do que a compostagem», diz a associação. A associação acrescenta que o produto resultante da valorização directa efectuada pelos Operadores de Gestão de Resíduos (OGR) «é entregue gratuitamente a agricultores e produtores florestais, que assim podem enriquecer os seus solos sem recorrerem a adubos e fertilizantes químicos».

Ricardo Silva, presidente da AEVO, afirma que as 400.000 t encaminhadas para compostagem «reflectem já os diversos investimentos em curso por parte dos OGR, que permitiram aumentar a capacidade em quase 150.000 t ao longo de 2020», e sublinha que, «tendo em conta os planos de investimentos de vários dos nossos associados, com valores superiores a dez milhões de euros, é previsível que esta capacidade possa aumentar para as 700.000 t até ao fim de 2022». «Esta actividade é um exemplo perfeito de economia circular, já que transformamos um resíduo num produto que enriquece e valoriza os nossos solos. E além dos ganhos económicos para todas as partes envolvidas, desde o produtor ao agricultor, existe um elevado ganho ambiental, uma vez que, ao enriquecermos os nossos solos, pobres em matéria orgânica, contribuímos para uma redução na aplicação de adubos minerais (importados)», assinala Ricardo Silva.

Em comunicado, a AEVO refere que, «no total, em 2020, o sector terá valorizado aproximadamente 800.000 t de lamas, cujos destinos foram, maioritariamente, a valorização agrícola directa e a compostagem, realizadas por Operadores de Gestão de Resíduos vocacionados para a reciclagem de resíduos orgânicos com destino agrícola». A associação destaca que «reúne entre os seus associados os principais Operadores de Gestão de Resíduos nacionais» e que os seus associados «fazem a recolha de lamas em mais de 120 concelhos portugueses, de Norte a Sul, sendo que estas são utilizadas em valorização agrícola em várias dezenas de concelhos do País».

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