Recentemente, o grupo sueco SPISA Holding adquiriu mais uma quota de 20% da empresa Aromáticas Vivas, Lda, tornando-se assim, juntamente com a PAM O.P. – empresa composta pela associação de produtores hortícolas das zonas de Póvoa de Varzim, Barcelos e Vila do Conde –, nos únicos sócios da Aromáticas Vivas. Em paralelo, foi anunciado que a Aromáticas Vivas vai avançar para uma «terceira fase de ampliação e modernização», em que vai investir no crescimento da área de produção de ervas aromáticas frescas e de outros produtos relacionados, incidindo principalmente nas ervas em vaso e ervas cortadas e ainda no sector dos microgreens e das flores comestíveis.
Segundo um comunicado, «o mais recente investimento da empresa visa a ampliação da sua capacidade produtiva em cerca de 30% e a redução progressiva do uso de plástico na produção e embalamento das ervas frescas», uma vez que «eliminar a curto prazo o uso de material plástico em toda a cadeia de produção e distribuição constitui um dos objectivos da empresa, inserido no seu plano de modernização e certificação de qualidade ambiental». Em 2020, a empresa registou «um aumento do volume de vendas de 17%, tendo produzido mais de seis milhões de vasos e dois milhões de unidades de ervas cortadas, tendo-se especializado na produção em módulo biológico, com os mais exigentes parâmetros de qualidade e com a mais avançada tecnologia de produção agrícola», indica o comunicado.
O documento refere que, «para garantir os mais elevados padrões de qualidade e segurança alimentar, a empresa irá, igualmente, ampliar e modernizar a sua unidade de produção de insectos e outros agentes bióticos, destinados ao combate de pragas e doenças», sendo que «esta produção de auxiliares biológicos destinar-se-á igualmente ao mercado de exportação, para abastecer as unidades de produção do Grupo SPISA, localizadas em Inglaterra, Suécia, Polónia e República Checa». A Aromáticas Vivas afirma que «não utiliza herbicidas nem pesticidas químicos» e que «usa técnicas e práticas inovadoras para que não seja necessário utilizar qualquer produto que possa ser nefasto para o consumidor e para o ambiente», possuindo também uma unidade própria de «produção de insectos e outros auxiliares para a produção agrícola».
Localizada em Viana do Castelo, a Aromáticas Vivas foi fundada em 2009 com o objectivo de produzir ervas aromáticas frescas. Em 2019, a empresa adquiriu a totalidade dos terrenos e instalações, onde labora desde 2009, e iniciou a produção de duas gamas novas de produtos: flores comestíveis e microgreens. Actualmente, conta com uma área de produção superior a 40.000 m2, emprega 62 colaboradores permanentes directos, abastece o mercado ibérico – diariamente, ao longo de todo o ano – com uma gama de ervas frescas produzidas em vaso e «Portugal é o seu principal mercado, estando presente em todas as grandes superfícies comerciais».
No comunicado, também se explica que «a utilização de circuitos fechados de rega e nutrientes garante a protecção dos solos e o uso racional dos recursos hídricos, constituindo um compromisso do Grupo SPISA, em todas as suas unidades, para assegurar sustentabilidade na agricultura e um precioso contributo para a economia circular». É ainda mencionado que «a Aromáticas Vivas saúda a iniciativa do Município de Viana do Castelo, na elaboração do novo Plano de Intervenção do Espaço Rural de Afife, Carreço e Areosa (PIER), o qual abre novas perspectivas de desenvolvimento das actividades desta empresa e do sector hortoflorícola no Concelho de Viana».