Anunciadas as vencedoras da segunda edição do programa TalentA

Diana Valente, de 27 anos, é a grande vencedora da segunda edição do programa TalentA, iniciativa promovida pela Corteva Agriscience e pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP). O projecto de Diana Valente, “Prazeres do Mondego”, está localizado em Montemor-o-Velho e tem como actividade principal a produção de bovinos da raça autóctone portuguesa Jarmelista e a cerealicultura de milho-grão branco e de arroz Carolino.

Numa cerimónia que decorreu esta manhã, 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, na sede do CAP, em Lisboa, foram também anunciadas as duas finalistas: Inês Lopes, de 27 anos, com o projecto “Ptachio”, que visa a produção combinada de pistácio, medronho, azinho e porco alentejano na zona de Arraiolos; Mónica Alves, de 42 anos, com o projecto “Enxertar ciência na agricultura”, na zona de Resende, Viseu, que visa o desenvolvimento de actividades de investigação e desenvolvimento, para encontrar soluções para os problemas agrícolas da região, experimentando tecnologia de precisão. As três vencedoras vão ter acesso a um programa de formação – nas vertentes de e-commerce, redes sociais, plano de negócios, técnicas comerciais, entre outras – promovido pela CAP «para dotar os projectos de mais ferramentas de trabalho e métricas de sucesso» e Diana Valente, que conquistou o primeiro prémio, receberá ainda um apoio financeiro de 5.000 euros para a implementação do seu projecto.

O júri da iniciativa, composto por representantes especializados de ambas as entidades, avaliou vários critérios, como, por exemplo, a inovação, o combate à desertificação, o impacto e a sustentabilidade dos projectos inscritos, o empoderamento económico ou a possibilidade de réplica de negócio. Lançado em 2021, o programa TalentA tem como objectivo colocar em relevo «o papel das mulheres rurais na agricultura», «empoderar as empreendedoras rurais e capacitar os seus projectos com formação e financiamento, contribuindo para a sua expansão», sendo que, no conjunto das duas edições, totaliza mais de 140 inscrições de projectos empreendedores no feminino.

Diana Valente - Vencedora

O projecto de Diana Valente [na fotografia] está em fase inicial de preparação e planeamento e «o prémio será usado para a sua implementação e aquisição de equipamentos necessário à sua actividade, que contribuam para a inovação da exploração e para a aplicação de técnicas de agricultura de precisão». Inês Lopes está a desenvolver o projecto “Ptachio” numa herdade com 113 hectares (ha), dos quais 40 ha vão ser, já em 2022, dedicados à a agricultura e produção animal combinadas. No caso de Mónica Alves, em colaboração com a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, a empresa está a apostar na sua capacitação laboratorial, para análise de qualidade da fruta, diagnóstico de pragas e doenças e parâmetros químicos básicos de água e solos.

«As mulheres rurais enfrentam desafios cada vez mais difíceis de suportar. As alterações climáticas, a instabilidade económica, as desigualdades de género e os impactos da pandemia. Na Corteva, sabemos que o seu contributo é fundamental para garantir a sobrevivência da cadeia agrícola e pecuária e acreditamos que a formação e o apoio financeiro são a chave de sucesso para a implementação de qualquer projecto», referiu Clara Serrano, vice-presidente da Unidade Comercial do Sul da Europa na Corteva Agriscience, no anúncio das vencedoras. «O programa TalentA vem dar voz às mulheres rurais e reconhecer o seu imenso esforço no investimento e na melhoria tecnológica no sector agrícola. As vencedoras representam uma nova vaga de mulheres agricultoras com formação superior e que desenvolvem projectos inovadores, com grande incorporação de tecnologia e conhecimento. É este o caminho para a rentabilidade económica, a sustentabilidade ambiental e todos os desafios que a Europa enfrenta, disse Luís Mira, secretário-geral da CAP.

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