Agricultura biológica tem impacto «negativo» no ambiente

Um estudo do investigador norte-americano Julius McGee, publicado na edição de Junho da Agriculture and Human Values, revela que a agricultura biológica praticada em grande escala nos Estados Unidos da América (EUA) produz mais gases de efeito estufa do que a agricultura tradicional, provocando um impacto «negativo» no ambiente.

O investigador, que trabalha na área da sociologia ambiental, defende que este fenómeno é visível na agricultura biológica certificada, que surge da «procura dos consumidores por formas mais sustentáveis de explorar a terra». E adianta que «a agricultura biológica como alternativa à convencional em pouco reduz as consequências das práticas agrícolas tradicionais».

Não obstante, Julius McGee sublinha que este fenómeno é apenas visível na agricultura biológica de larga escala e que se prende com «os rendimentos mais baixos e a sua dependência de máquinas para manter as culturas». Algo que não acontece na agricultura biológica praticada pelas pequenas quintas e produtores.

O autor conclui que, «apesar do consenso generalizado sobre os benefícios da agricultura biológica para a saúde humana e poluição das águas, não existe unanimidade sobre os seus sucessos na amenização das alterações climáticas». Algo que, defende, deve ser estudado por outros cientistas.

Para a realização do estudo, o investigador norte-americano analisou variáveis como a emissão de gases com efeito estufa, a área de explorações biológicas, a população e o Produto Interno Bruto (PIB), em 49 estados, entre 2000 e 2008.

Os produtos de agricultura biológica representam, actualmente, 3% do total de alimentos comercializados nos Estados Unidos da América.

Facebook
Twitter
Pinterest
LinkedIn
Email

Uma resposta

  1. Há muitos anos que procuro não usar pesticidas, erbicidas, adubos etc. Não tem nada a ver com agricultura biológica, mas sim agricultura normal, natural. Tenho óptimos resultados enquanto o vento não muda para o Sul. Nesse dia tudo o que estiver exposto, seja azeitona, figos, bróculos; enfim, quase tudo desaparece de um dia para o outro. Dirão. Mas nessa de vento ninguém pode interferir. É verdade, desde criança que ouvi os meus pais dizerem que o vento “suão” não trazia nada de bom. Mas nada era tão dramático como há uns 40 anos. Eu sei qual é o problema. As minhas terras estão nas margens da albufeira do Castelo do Bode, e têm a Sul a Central do Pego e não só.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Notícias Recentes

Auchan_Cultivamos o Bom
Auchan Retail Portugal apresenta selo “Cultivamos o Bom”
vineyards-4336787_1280
Naturalfa seleccionada como organismo certificador do novo referencial de sustentabilidade do sector vitivinícola
Foto Salad Greenhouse (34)
Recolha selectiva de biorresíduos chega a novas zonas de Gondomar

Notícias relacionadas

Auchan_Cultivamos o Bom
Auchan Retail Portugal apresenta selo “Cultivamos o Bom”
A Auchan Retail Portugal apresentou o novo selo “Cultivamos o Bom”, que abrange...
vineyards-4336787_1280
Naturalfa seleccionada como organismo certificador do novo referencial de sustentabilidade do sector vitivinícola
A Naturalfa foi seleccionada pela ViniPortugal como Organismo de Certificação...
Foto Salad Greenhouse (34)
Recolha selectiva de biorresíduos chega a novas zonas de Gondomar
Tendo em vista o incremento da recolha selectiva da fração de biorresíduos,...
Vinhos portugueses na Sérvia
Vinhos portugueses regressam à Sérvia em ação de promoção da CAP
A Confederação de Agricultores de Portugal (CAP) viajou novamente com produtores...