Fenareg preocupada com acesso equitativo à água nos rios Tejo e Guadiana

A Fenareg – Federação Nacional de Regantes congratula-se com a tomada de posição do director-geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Gonçalo Leal, no 15.º Congresso da Água, onde este responsável alertou para a necessidade de acesso equitativo à água no rio Guadiana, entre regantes portugueses e espanhóis, no âmbito das convenções de albufeira luso-espanholas, e defendeu a construção de uma barragem no Ocreza, na bacia do Tejo, e da barragem da Foupana, no Algarve, para reforço da capacidade de armazenamento de água e regularização de caudais.

«No Guadiana é urgente regulamentar as captações directas em Alqueva a partir de Espanha, situação estimada já em 50 hm 3/ano. Existe actualmente um vazio legal e é necessário garantir que os regantes espanhóis pagam um preço pelo uso da água, à semelhança dos regantes portugueses em situação de “precários”», defende a Fenareg.

Já no Algarve, «a solução adequada para reforço do sistema do Sotavento é a construção da barragem na Ribeira da Foupana, onde a precipitação ocorrida entre Outubro de 2020 e Fevereiro de 2021 teria sido suficiente para completar 51% da capacidade total (130 hm³) da desejada barragem da Foupana, conforme as estimativas apresentadas pelo director-geral da DGADR no 15.º Congresso da Água, complementada com o reforço da bombagem do Pomarão, no Guadiana».

A Federação considera ainda que no Tejo é essencial avançar com a barragem do Alvito, no rio Ocreza, para regularizar os caudais nesta bacia hidrográfica. «No período do Verão, o caudal de água libertado por Espanha no Tejo é insuficiente para as necessidades dos regantes e de outros utilizadores, além de constituir uma ameaça ao equilíbrio dos sistemas ribeirinhos. Assim seria dado cumprimento à intenção anunciada pelo Governo em 2019. Estamos alinhados com os pontos defendidos pelo senhor director-geral da Autoridade Nacional do Regadio».

«Consideramos que este é o momento de decidir e avançar com a execução destes projectos e outros, essenciais para a segurança hídrica futura no nosso País, criando novos armazenamentos de água, modernizando o regadio e resolvendo a situação dos precários dos perímetros de rega. Não podemos perder a oportunidade única dos diversos fundos estruturais disponíveis, nomeadamente o Plano de Recuperação e Resiliência e o Quadro Comunitário de Apoio 2021-2027», afirma José Núncio, presidente da Fenareg.

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