A produção de azeite atingiu, em 2017, as 125 mil toneladas, um aumento de cerca de 80% em relação a 2016. As exportações registaram, no final de 2017, um valor global de 496 milhões de euros.
Os dados foram anunciados pelo secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros Vieira, que reuniu na última semana com olivicultores na Cooperativa de Valpaços. O responsável sublinhou o que considera ser um «desenvolvimento exemplar da olivicultura», sector que na última década viu a produção quadruplicar e as exportações triplicarem.
Luís Vieira referiu termos passado «de uma situação deficitária no sector do azeite para um País exportador com um superavit de 150 milhões de euros». Na última década, o crescimento do preço médio, por quilo, das exportações registou um aumento de 35%.
«Esta dinâmica teve um impacto significativo na valorização da produção olivícola e traduziu-se num aumento real dos rendimentos dos olivicultores, como ocorreu na região de Trás-os-Montes», afirmou o secretário de Estado, destacando o facto de a região ser a segunda maior produtora de azeite em Portugal, dispondo de «diferentes variedades regionais que permitem uma diferenciação da oferta de azeite, de reconhecida qualidade no mercado nacional e internacional».
Para Luís Vieira, «esta performance notável deve-se ao investimento qualificado que tem vindo a ser feito em lagares de azeite de alta tecnologia, à expansão da área de olival de regadio e a uma aposta sustentada no conhecimento e nas novas tecnologias originando um azeite de qualidade diferenciada».
Referiu ainda querer «diversificar os destinos da exportação de azeite» e desafiou a produção a «explorar novas geografias e a continuar o percurso de investimento e inovação». «Assumimos o compromisso de continuar a trabalhar intensamente para abrir novos mercados e levar o azeite português a outros destinos, já que 80% das exportações de azeite têm como destino Espanha e Brasil», acrescentou.