A 13 de Novembro, a empresa Sementes Vivas e a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova assinaram um contrato de arrendamento de 25 hectares de terra por um período de 50 anos. Este contrato – assinado durante uma sessão pública dedicada à Estratégia Nacional para a Agricultura Biológica, que teve lugar no Observatório Nacional da Produção Biológica, situado em Idanha-a-Nova – envolve a produção de sementes biológicas e a construção de edifícios para processar, embalar e distribuir sementes.
Segundo comunicado da Sementes Vivas, isto foi possível devido à assinatura, a 6 de Outubro de 2018, pelo Governo português, de um contrato de 50 anos com a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, relativo ao terreno em que se encontram os 25 hectares. O contrato de 13 de Novembro foi assinado pelos fundadores e directores da Sementes Vivas, Stefan Doeblin e Paulo Martinho, pelo presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, numa cerimónia que contou com a presença do Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas – um enquadramento que faz a Sementes Vivas afirmar que «esta é uma parceria público-privada».
Para a empresa, «o acesso a sementes biológicas é fundamental para o desenvolvimento da agricultura biológica» e relembra que, «em 2035, termina na Europa a derrogação para a utilização de sementes convencionais na agricultura biológica». Na opinião da Sementes Vivas, o contrato agora assinado «é uma pedra basilar na moderna história da agricultura portuguesa» e «demonstra o compromisso, a longo prazo, do Governo português com a produção e processamento de sementes biológicas, bem como com as actividades de melhoramento de plantas em modo de produção biológico».
A Sementes Vivas indica que emprega directamente 35 pessoas, que tem «criado indirectamente o mesmo número do empregos, através dos seus parceiros multiplicadores» e que é «a única empresa de sementes 100% biológicas e biodinâmicas certificada pela Demeter na Península Ibérica». Em Setembro de 2015, a Sementes Vivas já tinha assinado um protocolo com o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), «para organizar multiplicações de sementes, pesquisas conjuntas e projectos de melhoramento de plantas», sendo que, «entretanto, o INIAV tratou da certificação biológica de terrenos seus em Braga, Elvas e Odemira, onde estão a ser implementados os projectos conjuntos de sementes».