O Centro Operativo Tecnológico Hortofrutícola Nacional (Cothn), a Federação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas e Hortícolas (FNOP) e a Portugal Fresh – Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal apresentaram a 2 de Março, em Lisboa, a “Estratégia Nacional para a Fileira Hortofrutícola”. Segundo notícia do Cothn, este documento, que foi apresentado à ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, e ao secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Nuno Russo, resultou do «levantamento dos principais desafios que a fileira irá enfrentar nos próximos anos» e foi «muito bem acolhido» pela ministra, «que referiu que a estratégia do Ministério se revê em muitos dos aspectos no documento apresentado».
«As alterações climáticas e as suas implicações relativamente à disponibilidade de água, aos fenómenos extremos e problemas fitossanitários» constituem um dos principais desafios para a fileira nos próximos anos. A este junta-se o «grande desafio» de «aumentar a competitividade através da optimização dos custos de produção, especialmente no que toca à energia e às acessibilidades, assim como a manutenção dos apoios financeiros», bem como «a sustentabilidade ambiental, as questões da mão-de-obra sazonal, as exportações e o aumento do consumo dos hortofrutícolas nacionais».
É referido que, com base nos desafios identificados e na análise SWOT [Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades), Threats (Ameaças)] da fileira hortofrutícola, foi possível enumerar três grandes objectivos estratégicos: “Equilíbrio da balança comercial”; “Criação de valor na fileira hortofrutícola”; “Aumento da sustentabilidade da produção nacional”. Assim, no documento apresentado, foram elencados os objectivos específicos para cada um destes objectivos e algumas medidas concretas para os atingir.
A notícia do Cothn indica que, na reunião, «como nota prévia, foram apresentados alguns aspectos diferenciadores da fileira hortofrutícola, nomeadamente o facto de ser uma das fileiras mais dinâmicas em termos das exportações, destacando assim o seu contributo para a economia do País». Foi igualmente mencionado que «a fileira hortofrutícola é, também, aquela que mais aproveita os investimentos para aumento da capacidade produtiva e inovação (que é bem patente pelo elevado nível tecnológico que as organizações de produtores nacionais apresentam, nomeadamente ao nível da utilização dos recursos naturais, do qual se destaca o uso eficiente da água)» e foi destacado «o contributo que a fileira pode ter para o aumento da qualidade deste recurso».
Nesta reunião, foi ainda «reforçada a importância que as organizações de produtores, assim como o associativismo, têm para o aumento da competitividade do sector, para a comercialização, a disponibilidade da água e os instrumentos financeiros» – aspectos que, afirma a notícia publicada pelo Cothn, são «os pilares da estratégia apresentada». Pode consultar o documento da “Estratégia Nacional para a Fileira Hortofrutícola” aqui.
