Publirreportagem |Tomate em estufa: contributos para a produção

A cultura do tomate em estufa apresenta como principais áreas produtoras em Portugal o litoral da região de Entre Douro e Minho, centralizada na Póvoa de Varzim; a região Oeste, principalmente na zona de Torres Vedras; e o litoral Algarvio. A produção do Norte de Portugal caracteriza-se na sua quase totalidade por produção no solo e por uma grande expressão de uma cultivar regional denominada “Coração de Boi”, enquanto na produção da Região Oeste, o uso de sistemas semi-hidropónicos em fibra de coco representa uma grande parte da produção. Por seu lado, a produção algarvia faz-se em contra-ciclo em relação ao resto do País, sendo a primeira região a produzir.

As técnicas culturais nos últimos anos sofreram alterações profundas, através do uso de plantas enxertadas, do recurso à produção em regime semi-hidropónico em fibra de coco e produção de tipologias de fruto cada vez mais diversificadas, sendo predominantes as tipologias de tomate redondo e tomate com rama.

Porém, a cultura é ainda predominantemente feita no solo e como consequência observam-se  problemas fitopatológicos graves cada vez mais frequentes, principalmente doenças fúngicas vasculares patogénicas, tais como Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici e f. sp. radicis-lycopersici (FOL e FORL), Phytophotora sp. , Rizhoctonia solani  e Verticillium sp., a par de problemas cada vez mais graves de excesso de salinidade nos solos, agravando assim as condições favoráveis quer a doenças, quer a fisiopatias.

Por outro lado, temos ainda os ataques de nemátodos do género Meloidogyne sp., que provocam galhas nas raízes da planta e perdas de sistema radicular. Como consequência, a planta tem menor capacidade de absorção de água e sais minerais, ao mesmo tempo que despende mais energia na emissão de raízes novas, por forma a tentar defender-se daqueles ataques. Estes problemas são ainda mais graves quando trabalhamos com plantas de pé franco, uma vez que a tolerância à salinidade e às doenças vasculares e ataques de nemátodos é normalmente menor.

De notar ainda que as feridas causadas pelos ataques de nemátodos ou por níveis de salinidade altos poderão ser uma porta de entrada para os fungos e bactérias patogénicas.

Estes problemas crescem com a intensificação da produção, principalmente com a monocultura de solanáceas, que torna possível a persistência de fungos, bactérias e nemátodos no solo ao longo de muitos anos, tornando-os cada vez mais patogénicos.

O uso indiscriminado, contínuo e muitas vezes contraproducente de fitofármacos e/ou fumigantes agressivos, contribui para o desequilíbrio microbiológico do solo. O conjunto microbiológico presente nos solos saudáveis gera-se através de uma relação equilibrada entre microrganismos benéficos e patogénicos, estando esta relação sempre em transformação; qualquer alteração agressiva que se faça neste microbioma traduz-se, normalmente, em doença fitopatológica e perdas de rendimento agronómico.

Como o que está debaixo dos nossos pés não é visível aos nossos olhos, frequentemente as interações que acontecem no solo não são alvo da nossa atenção, consideradas irrelevantes e apenas avaliadas quando as consequências se tornam visíveis, como o aparecimento de ataques graves das referidas doenças.

Desde o ano de 2012, momento da sua entrada na Europa, que a Alltech Crop Science tem vindo a focar a importância da saúde do solo através do equilíbrio microbiológico, de uma forma análoga ao conhecimento e expertise na saúde do rúmen e intestino dos animais desenvolvido desde a sua fundação como empresa ligada ao sector animal em 1984. A microbiologia sempre esteve no centro da investigação e desenvolvimento tecnológico da Alltech.

As duas soluções propostas pela Alltech para reequilibrar e optimizar a vida do solo e a saúde da planta são o Soil-Set® Aid e o ProCrop™ ISR.

O Soil-Set Aid é um produto composto por nutrientes específicos para as plantas, pensando essencialmente no desenvolvimento e fortalecimento do sistema radicular, composto por metabolitos derivados da fermentação de leveduras e bactérias e uma carga enzimática natural elevada. Pelas suas características, é um produto que trabalha a matéria orgânica presente no solo, libertando e disponibilizando os nutrientes aí existentes para a planta, promovendo o desenvolvimento de microrganismos benéficos e equilibrando a microflora do solo.

Quando aplicamos Soil-Set Aid verificamos uma melhor absorção de nutrientes por parte da planta, a redução dos níveis de salinidade, a diminuição da presença e actividade de fungos patogénicos e, a mais longo prazo, uma maior uniformidade da cultura.

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Por outro lado, principalmente em solos com excesso de sais, a aplicação deste produto garante uma redução substancial nas quantidades de fertilizantes a aplicar.

Ter um bom equilíbrio biológico do solo (macro e micro) é sinónimo de um solo saudável e produtivo. Podemos ter níveis de matéria orgânica alta em muitos casos, mas se não tivermos riqueza biológica de nada nos serve para as nossas culturas. Este frágil equilíbrio é muitas vezes afectado pelas más práticas agrícolas que agridem o solo.

No caso da cultura do tomate em estufa, destacaria o uso excessivo de fertilizantes ao longo dos anos, a utilização de matérias orgânicas mal curtidas e/ou de má qualidade com elevados teores de sódio, a utilização de fumigantes de solo de forma indiscriminada no final do século passado e início deste, a aplicação das chamadas “bombas químicas” que matam tudo o que tocam, deixando o vazio biológico nos solos, espaço para ser rapidamente colonizado pelos patógenos. Felizmente, grande parte destas práticas foram e vão sendo abandonadas, e com outras soluções muito mais ecológicas, as produções tornam-se cada vez mais sustentáveis.

Pensando agora muito mais na planta, desde as suas raízes até às suas folhas ou frutos, a Alltech tem uma solução baseada na promoção das defesas naturais da planta: o ProCrop ISR que tem como composição básica a parede celular da levedura Sacharomyces cerevisae, além de outros extratos naturais, que promove a sanidade e optimiza todos os seus processos fisiológicos. Esta optimização é provocada através das rotas metabólicas do ácido salicílico e ácido jasmónico, entre outros mecanismos do sistema imunitário da planta. Os mecanismos de defesa natural da planta são activados pela formação de fitoalexinas, protegendo assim a planta de condições desfavoráveis e activando o processo metabólico do seu sistema imunológico. Os mecanismos de defesa natural da planta são activados pela formação de fitoalexinas, protegendo assim a planta de condições desfavoráveis e activando o processo metabólico do seu sistema imunológico.

A aplicação contínua de ProCrop ISR confere à planta maior resistência aos factores de stress. O carácter sistémico deste produto faz com que possa ser aplicado via rega ou via foliar, conjugado com os tratamentos foliares.

A aplicação de ProCrop ISR também confere à planta maior vigor e equilíbrio vegetativo-reprodutivo, traduzindo-se em aumentos de produtividade consideráveis.

A combinação destes dois produtos tem mostrado um elevado grau de eficácia na promoção da saúde do solo e dos mecanismos naturais de defesa da planta face a agressões e quaisquer factores de stress durante o ciclo produtivo que possam prejudicar a produção total no final, quando aplicados de forma regular e integrados num bom maneio agronómico.

Como conclusão final, todos sabemos a importância de ter boas raízes, em constante renovação e saudáveis, que irão conferir à planta saúde e produtividade.

Boas produções e muita saúde!

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