Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o saldo da balança comercial de produtos agrícolas e agro alimentares, em 2013, foi de 3,7 mil milhões de euros, ou seja, mais 39 milhões de euros do que em 2012.
Os números parecerem contraditórios, já que houve uma diminuição do consumo interno e um anunciado aumento da produção agrícola. A justificação prende-se, no entanto, com o facto dos produtos alimentares importados terem tido um considerável aumento de preço na origem, o que levou a um aumento do desequilíbrio da balança comercial, mesmo tendo em consideração que as exportações lusas de produtos agrícolas e alimentares cresceram 11% em 2013, face a 2012.
As exportações em 2013 totalizaram assim 3,5 mil milhões de euros, ou seja, mais 343 milhões de euros do que em 2012, enquanto que as importações contabilizaram 7,2 mil milhões de euros, ou seja, mais 382 milhões de euros.
Este aumento está diretamente associado ao aumento de preço na origem, não esquecendo que as maiores subidas das importações foram no setor da carne e miudezas comestíveis (mais 105,5 milhões de euros), das frutas (mais 80 milhões de euros), e dos produtos hortícolas (mais 69 milhões de euros).
Continua a ser a vizinha Espanha o nosso principal fornecedor, com 46,9% dos produtos e também o nosso principal cliente, com 38,1%. No entanto, é de realçar que o segundo melhor mercado exportador português é o de Angola, que absorve 12,1% das exportações alimentares lusas.
O azeite foi o maior impulsionador das exportações, refletindo os grandes investimentos que têm sido feitos no olival, com um volume exportado em 2013 de 539 milhões de euros, ou seja, mais 99 milhões de euros que em 2012.
O saldo da balança comercial em 2013 foi positivo em 2,5 mil milhões de euros, ou seja, mais 140 milhões de euros do que no ano anterior.