Ministério diz que Barragem do Monte da Rocha é «prioritária no Plano Nacional de Regadios»

O Ministério da Agricultura afirmou ontem, 10 de Agosto, que a Barragem do Monte da Rocha, localizada no concelho de Ourique, é «prioritária no Plano Nacional de Regadios», numa nota de imprensa emitida ao fim do dia. O documento refere que esta barragem «insere-se nos projectos futuros, previsto no âmbito do Plano Nacional de Regadios (PNRegadios), e encontra-se em fase de elaboração do projecto de execução, estando prevista a sua conclusão para Outubro de 2020».

A nota do Ministério explica que «a ligação de Alqueva à barragem de Monte da Rocha será possível através do projecto “Circuito Hidráulico e Bloco de Rega de Messejana” e que esta obra, que «representa um investimento previsto de 19 milhões de euros», vai permitir «regar uma nova área de 3.000 hectares localizados entre Messejana e Panóias, no distrito de Beja». Também se indica que «a rede principal fará ainda a ligação à barragem de Monte da Rocha, permitindo o reforço de recursos hídricos da albufeira desta barragem, importante origem de água para abastecimento público e para o regadio do Alto Sado».

Esta nota do Ministério surgiu no dia em que foi divulgada uma notícia da agência Lusa relativa ao cancelamento da campanha de rega deste ano a partir da albufeira do Monte da Rocha – devido ao baixo volume de armazenamento de água na barragem e porque «toda a água que existe na albufeira está reservada para abastecimento público» –, o que significa que «na nossa zona ficam 3.000 hectares por regar», segundo o director-adjunto da Associação de Regantes e Beneficiários de Campilhas e Alto Sado (ARBCAS). Tendo em conta a seca que atinge a zona sul do distrito de Beja, a ligação do Alqueva ao Monte da Rocha, através da albufeira do Roxo (Aljustrel), anunciada pelo Governo para 2022, deve ser concretizada «o mais rápido possível», defende Ilídio Martins.

A nota do Ministério da Agricultura assinala que o Plano Nacional de Regadios prevê, no período 2014-2023, um investimento de 560 milhões de euros (M€), repartido pelo Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020 (PDR 2020) – 280 M€ –, o Banco Europeu de Investimento (BEI) – 200 M€ – e o Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa (CEB) – 80 M€. A vertente associada à execução do PDR 2020 (1.ª Fase) encontra-se em curso desde 2014, tendo sido aprovadas 46 candidaturas e, na vertente dos apoios enquadrados nos contratos de financiamento celebrados com o BEI e o CEB, foram publicados dois Avisos: um para a zona do Alentejo (com uma dotação de 93 M€) e outro para as zonas Algarve, Sudoeste Alentejano, Norte e Centro (com a dotação 60 M€).

[Fotografia: Tribuna do Alentejo]

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