Microbioma: workshop em Lisboa sobre aplicação de microrganismos na agricultura

A 25 de Março, a Fundação Aga Khan, em Lisboa, acolhe o “Microbioma”, um workshop dedicado ao uso de microrganismos aplicados à agricultura. Este evento é uma organização conjunta do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Climáticas (cE3c), da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e das empresas espanholas Agromarketing e Ideagro.

Segundo a organização, a iniciativa é direccionada a investigadores, técnicos de empresas, gestores agrícolas, produtores e estudantes. Durante o evento, serão apresentados os «resultados das últimas investigações» tendo em vista «diminuir a adição de fertilizantes sem afectar a produção» e serão abordados diversos pontos, nas vertentes de legislação, fertilizantes, saúde vegetal e bioestimulantes.

A organização pretende que esta iniciativa seja um «fórum de discussão e convívio», sendo que, a par da informação científica, «haverá espaço para convívio, discussões parcelares e estabelecimento de parcerias». O evento, que dura todo o dia (9h00 – 19h00), decorre no âmbito da iniciativa “Lisboa Capital Verde Europeia 2020” e conta com o apoio da Sociedade Portuguesa de Ecologia (Speco) na divulgação, «em prol da gestão sustentável dos ecossistemas».

Em 2019, as empresas Agromarketing e Ideagro tinham realizado a primeira edição do congresso internacional “Microbioma” em Espanha, um fórum internacional dedicado aos microrganismos na agricultura. Dado o «sucesso» alcançado, decidiram realizar a iniciativa também em Lisboa. A segunda edição do congresso internacional Microbioma terá lugar em Novembro próximo, em Múrcia, Espanha.

A organização do workshop assinala que «a produção agrícola está dependente da qualidade do solo e, em particular, da sua comunidade biológica, não visível, o microbioma». «De acordo com o Pacto Ecológico Europeu, há a necessidade de se criar capacitação técnica em direcção a bons padrões de biodiversidade, tendo por base a gestão sustentável do solo. Nesse sentido, é necessário desenvolver mais conhecimento sobre as interacções entre biodiversidade ao nível do solo e produção. A rega e intensificação da fertilização têm sido a prática corrente quer ao nível das áreas rurais quer mesmo em zonas de jardins e parques urbanos. Urge estabelecer mecanismos que propaguem o conhecimento científico sobre a importância do saber gerir a biodiversidade do solo. As práticas intensivas de agricultura e silvicultura mecanizadas provocam o esgotamento e a erosão do solo, compactando-o ou deixando-o exposto. Sendo o solo o pilar da nossa sociedade é necessário mostrar aos gestores agrícolas, agricultores e proprietários como se pode explorar de forma sustentável o solo, consciencializando-os para a adequada gestão da sua biodiversidade.»

As inscrições podem ser feitas aqui. Pode obter aqui mais informações sobre o workshop “Microbioma”.

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