Nas eleições da Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) para o triénio 2024-2027, que decorreram ontem, 29 de Abril, Henrique Silvestre Ferreira, do Vale da Rosa, foi eleito para o cargo de presidente da Direcção. Além de Henrique Silvestre Ferreira, a nova Direcção da AJAP é composta por quatro vice-presidentes: André de Oliveira e Silva, de Vila do Conde, Samuel Pereira, de Torres Vedras e André Freitas e Diana Valente, do Vale do Mondego.
O anterior presidente da Direcção, Pedro Rei, assume o cargo de presidente da Mesa da Assembleia-Geral, sendo acompanhado por Romeu Sequeira, como vice-presidente, e por Cátia Pinto, do Smart Farm Colab, como secretária da Mesa. O Conselho Fiscal é presidido por André Macedo e inclui ainda José Lebres, Ana Trigo, Hugo Bacalhau e Pascoal Borges.
Segundo um comunicado da AJAP, no seu discurso de tomada de posse, Henrique Silvestre Ferreira afirmou que, «enquanto Jovem Agricultor, sinto na pele os grandes desafios que a agricultura atravessa», que aceitou o cargo «com grande sentido de responsabilidade e vontade de trabalho» e que quer contribuir, «juntamente com os meus colegas da Direcção, para melhores condições dos jovens agricultores e dos agricultores em geral». Agradecendo ao anterior presidente, Pedro Reis, e ao director-geral da associação, Firmino Cordeiro, o novo presidente da Direcção da AJAP elencou vários desafios e apostas: «ser amigo do ambiente e trazer rentabilidade aos agricultores», «trazer jovens para o sector», a formação, a internacionalização – Henrique Silvestre Ferreira lembrou o trabalho da associação nesta vertente e o lançamento recente da Academia-Agro, em Moçambique: «É o primeiro passo de uma caminhada que queremos fazer. Moçambique é um país que tem excelentes condições para o desenvolvimento da agricultura e a AJAP estar neste caminho é um passo muito importante, não só para a Associação como para Portugal, contribuindo com o nosso know how no país» – e trabalhar com o Governo nas prioridades estratégicas, «para que haja mais projectos» e «para que a agricultura não seja esquecida».
Firmino Cordeiro, director-geral da AJAP, diz que os novos corpos sociais representam «uma composição muito equilibrada, não só por representar diferentes regiões do país, como pelas diversas culturas agrícolas que trabalham nas suas explorações, reflectindo a realidade da nossa agricultura». A propósito destas eleições, a AJAP destaca os novos desafios que o sector enfrenta – como, por exemplo, o combate às alterações climatéricas, a escassez dos recursos hídricos, a digitalização e a transição energética, entre outros, garantindo que estes «continuarão a ser o foco das nossas preocupações» – e assegura que vai continuar a trabalhar «nas prioridades de sempre»: «a defesa dos jovens agricultores, agricultores e jovens empresários rurais em todas as frentes onde a AJAP trabalha, interna e externamente – através do Conselho Europeu de Jovens Agricultores (CEJA) e na cooperação com as organizações parceiras dos países da CPLP –, e na formação profissional e capacitação».

Samuel Pereira (à esquerda; vice-presidente), Henrique Silvestre Ferreira (ao centro; presidente) e André de Oliveira e Silva (à direita; vice-presidente)