Greve dos trabalhadores das administrações portuárias põe em risco indústria agroalimentar

A FIPA – Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares vem alertar para a grave situação que a greve dos trabalhadores das administrações portuárias está a causar às empresas do sector agroalimentar, e apela às partes envolvidas para que cheguem rapidamente a uma solução para este conflito laboral.

A manter-se, a greve dos trabalhadores das administrações portuárias «coloca em causa o normal funcionamento da indústria agroalimentar, sector para o qual os portos do continente, Madeira e Açores são porta de entrada de matérias-primas no país. De igual modo, compromete a exportação de bens e o cumprimento de prazos de entrega de encomendas, situação que coloca em causa relações futuras com o exterior», defendem.

A FIPA reconhece que a greve é um direito fundamental dos trabalhadores. Contudo, consideram que esta paralisação está a afetar já o fornecimento e consumo de bens essenciais e a trazer prejuízos incalculáveis e duradouros para as empresas e para os seus colaboradores.

O risco de rutura no abastecimento de algumas matérias-primas para alimentação é já uma realidade.

Face à situação, e caso não se encontre solução imediata para este conflito laboral, a FIPA entende que devem ser revistos e assegurados de imediato os serviços mínimos, uma vez que actualmente não comportam a descarga de matéria-prima de bens alimentares essenciais.

Durante a pandemia covid-19, os sectores agroalimentar e portuário trabalharam de forma ininterrupta. «Um modelo que urge retomar, tanto mais que existem empresas, como as da fileira dos cereais, que têm uma dependência de matérias-primas importadas na ordem dos 80% e uma capacidade de armazenamento reduzida».

Jorge Henriques, presidente da FIPA, recorda que «é pelo diálogo que têm de ser resolvidas as questões laborais». As greves, diz, «só servem para destabilizar, ainda mais, a economia e sobretudo as empresas, que têm hoje pela frente uma difícil prova de sobrevivência, que passa por saber gerir num contexto de inflação e instabilidade, nunca experimentado pelas gerações no activo».

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