Exportações de frutas, legumes e flores valeram 939 M€ no primeiro semestre

Nos primeiros seis meses de 2022, o valor das exportações nacionais de frutas, legumes e flores foi de 939 milhões de euros, o que significa um incremento de 16% face ao mesmo período do ano anterior. No primeiro semestre, o volume das vendas internacionais atingiu quase 805.000 toneladas, representando uma subida de 14%.

Estes dados foram compilados pela Portugal Fresh – Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal, que sublinha que, «analisando o preço por quilo dos produtos exportados, os resultados mostram que o crescimento não é suficiente para compensar o aumento dos custos e a inflação», sendo que «o valor por quilo no primeiro semestre aumentou apenas 1,3%». Neste contexto, a entidade «apela a uma distribuição mais justa do valor da produção na cadeia agroalimentar, com uma melhor remuneração aos produtores», e afirma que «todas as medidas até agora anunciadas pelo Governo são exíguas face às adoptadas em Espanha, maior concorrente de Portugal a nível da produção», deixando um apelo «a novas medidas do Governo para travar a escalada de custos».

A Portugal Fresh refere igualmente que, «para colmatar os efeitos da seca que atinge todo o território nacional, é também urgente a modernização dos aproveitamentos hidroagrícolas e a criação de charcas e barragens, vitais para ultrapassar os impactos das alterações climáticas». «Os produtos portugueses têm muita procura no mercado internacional e se não renovarmos e modernizarmos os perímetros de rega existentes e criarmos novos, os países na latitude sul da Europa irão aproveitar a nossa falta de estratégia para o regadio», declara Gonçalo Santos de Andrade, presidente da Portugal Fresh.

Segundo os dados reunidos pela entidade, Espanha é o maior comprador de frutas, legumes e flores portugueses (perfazendo 29% do valor total das exportações), seguida por França (13,5%), Países Baixos (13,5%), Alemanha (8,5%) e Reino Unido (7,8%). A União Europeia responde por 81% do valor das exportações.

Gonçalo Santos Andrade defende que os «resultados recorde» agora divulgados «só poderão ser mantidos com o reforço das iniciativas de promoção internacionais, do investimento na produção e com uma verdadeira valorização deste sector, que é estratégico para a economia». «Os indicadores são positivos, mas não nos podemos esquecer que o sector agroalimentar enfrenta uma crise sem precedentes com a subida nos custos da energia, combustíveis, fertilizantes e outras matérias-primas. Ao mesmo tempo, a seca extrema que tem afectado o país de norte a sul está neste momento a prejudicar a produtividade e os calibres da maioria das frutas e legumes.»

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