Estudo aponta valor do melhoramento vegetal na União Europeia

Sem inovação ao nível do melhoramento vegetal nas culturas aráveis, a União Europeia iria precisar de mais 19 milhões de hectares de terrenos agrícolas do que a área usada nos últimos 15 anos para produzir a mesma quantidade de alimentos. Esta é uma das conclusões do estudo “O valor económico, social e ambiental do melhoramento vegetal na União Europeia”, realizado pela consultora HFFA Research GmbH por encomenda da Plataforma Tecnológica Europeia (ETP) “Plantas para o futuro”.

O estudo indica que os melhoramentos genéticos nas culturas aráveis da União Europeia (UE) «impulsionam a economia da UE de forma significativa, adicionando 14 mil milhões de euros ao Produto Interno Bruto da UE», além de «impulsionarem o crescimento e o emprego na UE» e de «melhorarem em cerca de 30% nos últimos 15 anos o rendimento anual dos produtores de culturas aráveis». Também são referidos «benefícios ambientais» do melhoramento vegetal, porque ao gerar maior produção por unidade de área «ajuda a poupar recursos escassos ao nível dos terrenos».

Este estudo alerta ainda que o sector do melhoramento vegetal enfrenta um quadro regulatório e de políticas «exigente» e que os operadores «devem ser encorajados a investir em novas tecnologias de melhoramento, em vez de serem travados». Por fim, defende que «as altas taxas de rentabilidade, ao nível social, que os investimentos em novas tecnologias de melhoramento vegetal geram, precisam de ser mais reconhecidas e de ter apoio ao nível político».

O estudo foi recentemente divulgado pela Copa-Cogeca, organização que representa os agricultores e as cooperativas agrícolas europeias e que é membro da (ETP) “Plantas para o futuro”. Segundo Pekka Pesonen, secretário-geral da Copa-Cogeca, «este estudo mostra que a inovação no melhoramento vegetal é muito importante, aumentando 74% a produtividade total nas culturas aráveis da União Europeia, para permitir à União Europeia ajudar a combater a fome e a malnutrição ao nível global».

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