As previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística (INE) indicavam, em 31 de Julho, uma redução de 20% na produtividade das vinhas para vinho para a grande maioria das regiões vitivinícolas, na actual campanha. Isto deveu-se, diz o INE, a acidentes fisiológicos causados pela precipitação na fase de floração/alimpa e de ataques intensos de míldio.
Nas pomóideas, os pomares de macieiras e pereiras foram afectados pelas condições climatéricas adversas, «que se reflectiram mais intensamente na produtividade das pereiras, cultura que deverá registar mais uma campanha pouco produtiva». Segundo a Associação Nacional de Produtores de Pêra Rocha (ANP), contactada pela Frutas, Legumes e Flores, os seus associados – que representam mais de 90% da produção nacional deste fruto – só deverão começar a colheita a 29 de Agosto, devendo esta decorrer até 12 de Setembro. A ANP estima ainda que os calibres deverão ser mais baixos do que o normal, mas que o ºBrix deverá apresentar valores mais altos. O volume de produção deverá ser idêntico ao de 2015 (114.422 toneladas).
Segundo o INE, o ciclo de produção também não correu favoravelmente nas prunóideas, com registo de quedas de produtividade, em comparação com 2015, no pêssego (-25%) e na amêndoa (-20%).
No caso do tomate de indústria, «as chuvas primaveris e o consequente atraso nas plantações prejudicaram o desenvolvimento». A perspectiva é de um decréscimo de produtividade face à campanha anterior (-10%), pois «as primeiras plantações apresentam rendimentos unitários relativamente baixos, que poderão vir a ser parcialmente compensados pelas mais tardias».
Quanto à batata de regadio, «as plantas apresentam um bom desenvolvimento» e prevê-se «um rendimento unitário semelhante ao da campanha anterior».
O INE indica ainda uma previsão de aumentos de produtividade para os cereais de Outono/Inverno e, em consequência, de incremento generalizado da produção, face a 2015.