A Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas de Alqueva (EDIA) vai apresentar no dia 25 de Março, às 15h00, no auditório da sua sede, em Beja, o Estudo de Avaliação do Impacto Económico da Implementação do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva. A EDIA refere que este estudo «visa compreender os efeitos estruturantes da implementação do EFMA [Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva] na economia local e nacional, analisando os benefícios gerados de forma holística, considerando as diferentes fases do projecto e os efeitos multidimensionais resultantes da sua natureza de fins múltiplos».
Segundo a empresa, isso foi feito tendo em conta «tanto os impactos autónomos do EFMA, provenientes da sua construção e exploração, como os impactos catalisados, decorrentes da viabilização das actividades económicas nos principais sectores beneficiários – Agrícola, Agroindustrial, Turismo e Energia –, abrangendo a sua área de influência, que inclui 23 concelhos, dos distritos de Beja, Évora, Setúbal e Portalegre».
«As valências do projecto não se concentram apenas na agricultura, actualmente com uma área em exploração de 130.000 hectares, mas também no abastecimento público de água, na produção de energia hidroeléctrica em modo reversível, complementado por centrais fotovoltaicas em terra e flutuantes, no desenvolvimento de actividades turísticas e na preservação do território e do ambiente. Assinala-se que o EFMA apresenta um contributo importante para os grandes desafios e objectivos nacionais ao nível da redução sustentada do consumo de energias não renováveis e da transição para uma economia de baixo carbono, através da produção de energia hidroeléctrica e solar. Além disso, apoia a modernização do sector agrícola, a criação de emprego, o turismo e a fixação de jovens agricultores, reforçando a gestão integrada de água e energia e alinhando-se com diversas estratégias nacionais», destaca a EDIA. A empresa também realça que «a análise do impacto económico da actividade do EFMA, nomeadamente no que refere o impacto na receita fiscal, contribui para uma outra análise, de eficiência da aplicação de financiamentos públicos, através da qual se pode afirmar que, à data de hoje, o EFMA já garantiu um retorno financeiro (recuperação do investimento simples, i.e., não actualizado pela inflação e/ou ponderado pelo custo de oportunidade) para o Estado superior aos recursos investidos».
A EDIA refere também que o estudo «aponta desafios para o futuro do EFMA, como a necessidade de equilíbrio na gestão da água, melhorias na infraestrutura para turismo e soluções para escassez de mão-de-obra». A propósito desta apresentação, a empresa salienta ainda que «o Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva (EFMA) assenta no conceito de fins múltiplos e na gestão integrada da sua reserva estratégica de água, apresentando-se como um projecto estruturante no sul de Portugal e um investimento âncora no Alentejo, cuja principal finalidade é viabilizar e promover o desenvolvimento regional nas suas vertentes económica, ambiental e social».
Este evento, cujo programa pode consultar em baixo, contará com a presença do ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e do ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes.
Programa
15h00 | Abertura da sessão
Ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento
15:10 | Contexto do projecto
Presidente da EDIA – José Pedro Salema
15h20 | Apresentação do Estudo de Avaliação do Impacto Económico de Alqueva
Metodologia e resultados do estudo
CEDRU e EY-Ernst & Young
15h40 | Mesa-redonda
Moderador: José Pedro Salema
Convidados:
Álvaro Beleza
Francisco Gomes da Silva
16h20 | Perguntas e respostas
16h30 | Encerramento
Ministro da Agricultura e Pescas – José Manuel Fernandes