A Direcção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) publicou recentemente o Despacho n.º 12/G/2022, que altera a dimensão da zona demarcada para a Xylella fastidiosa na freguesia de Luz de Tavira e Santo Estevão, no concelho de Tavira, reduzindo a largura da zona tampão para um quilómetro em redor da zona infectada. Esta decisão resulta da «intensa prospecção e amostragem executada pelos serviços fitossanitários da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, com a coordenação da DGAV», e de não terem sido «registados novos resultados analíticos positivos, quer em plantas quer em insectos vectores», explica a entidade.
Segundo a DGAV, após o estabelecimento da zona demarcada envolvendo a freguesia de Luz de Tavira e Santo Estevão, foram adoptadas medidas de erradicação e de prospecção intensiva na área abrangida, que incluíram «a amostragem imediata e destruição, após realização de um tratamento adequado contra a população de potenciais insectos vectores, dos vegetais abrangidos pela zona infectada, tanto dos infectados como dos restantes da mesma espécie e das outras espécies susceptíveis». As medidas também incluíram «a amostragem e testagem intensiva dos restantes vegetais hospedeiros presentes na zona infectada e na zona tampão» e a «prospecção intensiva, com colheita de amostras e testagem de insectos potenciais vectores da bactéria».
A DGAV refere ainda que «as análises laboratoriais oficiais efectuadas às amostras colhidas não detectaram a presença de Xylella fastidiosa em qualquer outro vegetal ou insecto, pelo que é possível concluir, com um elevado grau de confiança, que a presença inicial da bactéria não deu origem à sua ulterior dispersão». Em consequência, o Despacho n.º 12/G/2022, de 21 de Fevereiro, que pode consultar aqui, determina a actualização da zona demarcada para Xylella fastidiosa e as medidas que permanecem aplicáveis para a erradicação desta bactéria de quarentena nessa zona.