A Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (Confagri) afirma que «não aceita e não se revê na decisão de extinção das Direcções Regionais de Agricultura», tomada pelo Governo. Em comunicado, a entidade considera que «o modelo definido em Conselho de Ministros, e que dá início à transferência e partilha de competências de serviços regionais do Estado para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), não vai ao encontro da identidade, especificidade e proximidade exigida pelos agricultores e pela agricultura em Portugal».
Face à decisão tomada pelo Governo, a Confagri sublinha que o sector da agricultura «precisa de estabilidade» e manifesta «total apreensão e preocupação face às consequências que poderão advir de tal processo para o sector e para o espaço rural português». «A Confagri defende um Ministério da Agricultura forte, credível e de proximidade junto dos agentes agrícolas e dos territórios rurais. Só assim será possível continuar a resolver os desafios que o sector actualmente enfrenta, mas também os desafios do futuro», diz.
A entidade indica que já solicitou uma audiência ao primeiro-ministro, António Costa, «com a maior brevidade possível, onde irá expor a sua posição». É ainda referido que este assunto será abordado, a 13 de Janeiro, na Reunião do Conselho Geral da Confagri, órgão de consulta da Confederação, que reúne os dirigentes das organizações agrícolas de todo o país associadas da entidade.