Até 14 de Fevereiro, 28 empresas de oito regiões vitivinícolas nacionais estão a promover os seus vinhos na Prodexpo Moscovo, certame anual do sector alimentar que tem lugar na capital da Rússia. A participação portuguesa é promovida pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), que refere que esta é «a maior representação» de produtores de vinho nacionais «de sempre» na Prodexpo, «triplicando o número daquelas que, em 2014, participaram pela primeira vez» nesta feira. A 27.ª edição da Prodexpo Moscovo, organizada pela Expocentre AO, teve início a 10 de Fevereiro.
Segundo Luís Mira, secretário-geral da CAP, «o sector vinícola nacional está, definitivamente, de olhos postos na Federação Russa». «Quando iniciámos este trabalho de internacionalização, não eram muitas as empresas preparadas para investir neste destino de exportação, que conta com cerca de 143 milhões de habitantes e tem, portanto, um potencial de consumo enorme. Contudo, sete edições depois, vemos que muitas empresas nacionais já têm importadores nesta geografia. E temos mesmo casos de produtores cujas exportações para o mercado russo duplicaram em apenas cinco anos.»
A CAP refere que o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) prevê que, «em 2021, no global, as vendas de vinho para a Rússia representem cerca de 780 milhões de euros, com o consumo per capita a atingir 6,4 litros». De acordo com os últimos dados publicados, relativos a 2016, os vinhos italianos, franceses e espanhóis perfazem cerca de 65% das importações russas de vinho. No ranking dos maiores fornecedores, Portugal ocupa a 7.ª posição, tendo as exportações nacionais para o mercado russo praticamente duplicado entre 2012 e 2016, explica a confederação.
A CAP acrescenta que cerca de 41% da população russa, na faixa etária entre 20 e 44 anos, consome vinho. Calcula-se que em Moscovo e São Petersburgo, os principais centros de consumo, existam aproximadamente seis milhões de consumidores de vinhos importados, indica um relatório da Russian Public Opinion Research Center (VTsIOM).