Pêra Rocha é a cultura que vai ser feita na primeira terra cedida pelo Estado no âmbito da Bolsa Nacional de Terras. A cerimónia de entrega da primeira terra arrendada, resultante de concurso público, decorreu dia 13 de Abril no Ministério da Agricultura e do Mar, em Lisboa.
Nas Caldas da Rainha, Elisabete Casimiro Matos produz há 15 anos pêra Rocha e maçã. A sua produção ronda as 300 toneladas e a terra agora arrendada ao Estado vai permitir alcançar as 700/800 toneladas.
«Estamos sempre à procura de mais área para aumentar. Apareceu esta oportunidade e concorremos, sem pensar se iríamos ganhar ou não. Mas ganhámos e, para nós, é uma mais-valia, é na nossa zona e é nessa zona que temos toda a nossa produção», disse Elisabete.
«O primeiro concurso público com terras detidas e geridas directamente pelo Estado foi lançado em Outubro e exigiu uma adaptação das regras para incluir critérios de selecção que ajudem a promover o que o Governo julga mais relevante para o sector», explicou a ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas.
O arrendamento do terreno tem um custo de 6500 euros por ano, mas os jovens agricultores só começam a pagar ao fim dos primeiros dois anos.
No primeiro concurso, o Estado disponibilizou na Bolsa Nacional de Terras 24 terrenos com apetência agrícola que totalizam 726 hectares.
Desde a apresentação da Bolsa de Terras, em Maio de 2013, foram alocados a este projecto 354 terrenos, totalizando cerca de 15 mil hectares, dos quais cerca de um quinto já foi cedido.