Aplicação portuguesa VirtuaCrop recebe prémio europeu

O protótipo da aplicação informática “VirtuaCrop”, desenvolvida por investigadores do Instituto Superior Técnico (IST), venceu a fase final da edição de 2022 do concurso #myEUspace, promovido pela Agência da União Europeia para o Programa Espacial, na categoria “Agricultura por satélite”. Esta aplicação foi desenvolvida por Ricardo Teixeira e Tiago Morais, investigadores do Laboratório de Robótica e Sistemas de Engenharia (LARSyS) do IST, em Lisboa, que receberam um prémio monetário no valor de 25.000 euros.

O prémio, que corresponde à segunda fase do concurso #myEUSpace, foi anunciado no início de Junho, em Praga, na República Checa. A “VirtuaCrop” foi a vencedora entre as quatro aplicações a concurso na categoria “Agricultura por satélite”.

A aplicação já tinha sido seleccionada pelo júri na primeira fase do concurso, em Março, juntamente com outras três ideias de equipas europeias, tendo na altura cada uma recebido um prémio de 10.000 euros para desenvolver o protótipo. A versão beta da “VirtuaCrop” está disponível para dispositivos Android e pode ser requisitada no site da aplicação.

Segundo o IST, esta aplicação permite «obter instantaneamente estimativas da qualidade dos solos e dados sobre a produtividade das culturas», com base em fotografias captadas em explorações agrícolas com um dispositivo móvel. Após a recolha da imagem, «o algoritmo faz o seu trabalho automático a partir de dados de satélite» e «os resultados são calculados em cloud e mostrados no visor do smartphone do agricultor, sem a necessidade de realizar testes e análises laboratoriais, ou o uso de sensores para a recolha da informação», explica a entidade.

O IST indica que os investigadores receberam o apoio da European Union Agency for the Space Programme (EUSPA) e que estes pretendem «tornar a aplicação num produto comercial», acrescentando que, «em versões futuras, será possível obter mais dados úteis para os agricultores relativamente à área da fertilização e avaliação do estado e produtividade das culturas». «Estamos muito felizes com a atribuição deste prémio. É um enorme reconhecimento do valor da nossa ideia e do esforço que fizemos para desenvolvê-la. Este concurso veio pôr à prova a nossa capacidade para conceber e construir soluções reais capazes de fazer a diferença no mundo, e colocou-nos à prova num contexto de grande pressão», afirmaram os investigadores a propósito do prémio, salientando que todo o processo decorreu em apenas nove semanas e que esta vitória «validou» a viabilidade da ideia «e abrirá seguramente portas para a sua expansão».

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