Face à «actual crise no sector vitivinícola», a Federação Nacional das Adegas Cooperativas de Portugal (Fenadegas) defende que o Governo deve definir, com carácter de urgência, uma «medida de apoio imediato às adegas cooperativas e empresas produtoras de vinho, como tinha sido anunciado». Num comunicado conjunto com a Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (Confagri), é realçado que «a actual conjuntura mundial tem provocado um aumento exponencial dos preços da energia e de diversas matérias-primas, situação que está a provocar grandes constrangimentos nos agentes económicos do sector do vinho, nomeadamente nas adegas cooperativas».
Segundo o comunicado, «contrariamente às expectativas criadas à Fenadegas e suas associadas – que desde há vários meses têm alertado para as consequências graves para o sector –, nas medidas anunciadas pelo Governo para colmatar os efeitos negativos desta crise não foi previsto nenhum apoio específico para os produtores de vinho e suas unidades de vinificação». As entidades alertam ainda que, «tendo conhecimento de novo aumento do vidro em cerca de 20%, já com previsão de novos aumentos até ao final do ano, não só no sector vidreiro, e dado que nas perspectivas de evolução política e económica, tanto a nível nacional como internacional, a curto e médio prazo, não se antevêem melhorias, as implicações para o sector são graves e de grande impacto económico».
