A empresa de soluções agrícolas UPL apresentou-se recentemente ao mercado português, com o conceito OpenAg, «relativo a uma rede de agricultura aberta que alimente todos, sem limites e sem fronteiras». Em dois eventos realizados nos dias 27 e 28 de Fevereiro, respectivamente em Viseu e em Alcobaça, a empresa deu a conhecer o seu «portefólio integrado de biosoluções e fitofármacos para protecção das culturas agrícolas».
Em comunicado, a UPL explica que «pretende envolver todos os actores da cadeia de valor alimentar – agricultores, grossistas, cadeias de grande distribuição alimentar e consumidores – através do conceito OpenAg». Segundo Sérgio Trindade, responsável comercial da UPL em Portugal, «o nosso objectivo é ajudar os agricultores portugueses a produzir mais e melhores alimentos, com um nível de resíduos próximo do zero, dando resposta ao mercado e aos consumidores nacionais e europeus, cada vez mais exigentes em qualidade e segurança alimentar».
O comunicado refere que «esta nova forma de encarar o negócio da protecção das culturas está a ser implementada a nível internacional pela UPL através do programa Pronutiva, que integra soluções biológicas (bioprotecção, bioestimulantes e bionutrição) e produtos convencionais para controlo de pragas e doenças nas culturas agrícolas». O programa Pronutiva teve início no Brasil há mais de uma década e expandiu-se para a Europa, «alcançando resultados promissores na Polónia, Alemanha e, mais recentemente, em Espanha».
Em Espanha, a UPL está a realizar ensaios na cultura da maçã, em parceria com o Instituto de Investigação e Tecnologia Agroalimentar (IRTA), da Catalunha, aplicando as suas soluções, com o objectivo de «aumentar a quantidade e a qualidade da fruta e atingir um nível de resíduos próximo do zero». A empresa indica que o programa «está especificamente orientado para o controlo do pedrado e do pulgão-lanígero» e que, em Portugal, vai «avançar com um programa de ensaios semelhante em Armamar e Alcobaça».
Do seu portefólio, a UPL destaca a linha de bioestimulantes Göemar, «fabricados à base da alga marinha Ascophyllum nodosum, colhida na costa da Bretanha, em França, e processada nos laboratórios Göemar – que há mais de 40 anos investigam e desenvolvem produtos para agricultura à base de algas» –, sublinhando que estes bioestimulantes «activam o metabolismo das plantas, melhorando a floração, o vingamento e a engorda dos frutos». No segmento do biocontrolo, o destaque vai para o fungicida biológico Vacciplant, formulado à base da alga Laminaria digitata e que «actua como um indutor das auto-defesas das plantas, protegendo-as dos ataques dos agentes patogénicos, sem deixar resíduos na fruta».
A UPL completou a aquisição da Arysta LifeScience em 2019, o que fez com que se torne «uma das cinco maiores empresas de soluções agrícolas do Mundo», afirma a empresa. Criada em 1985 na Índia, a UPL tem actualmente uma facturação aproximada de cinco mil milhões de dólares, conta com mais de 10.800 pessoas em todo o Mundo, está presente directamente em 76 países e realiza vendas para mais de 130 países.