O Grupo Syngenta lançou um novo plano de compromissos para a sustentabilidade agrícola, focado no combate às alterações climáticas e à perda de biodiversidade e na recuperação da agricultura face aos efeitos económicos e sociais da covid-19. Na sequência das preocupações com o impacto das alterações climáticas na sua actividade e a «pressão adicional» gerada pela covid-19, manifestadas por agricultores através de inquéritos, o “The Good Growth Plan” renovado «inclui novos e ambiciosos objectivos para reduzir a pegada de carbono da agricultura e para ajudar os agricultores a enfrentar os padrões extremos do clima causados pelas alterações climáticas».
Em comunicado, o Grupo Syngenta explica que, no âmbito deste novo plano, «compromete-se a investir 2.000 milhões de dólares em agricultura sustentável até 2025 e a pôr à disposição dos agricultores duas tecnologias disruptivas por ano». O novo “The Good Growth Plan” apresenta compromissos em quatro áreas: “Acelerar a inovação para os agricultores e a natureza”; “Lutar por uma agricultura neutra em carbono”; “Ajudar as pessoas a manter-se seguras e saudáveis”; “Estabelecer alianças para potenciar o impacto”.
Um dos compromissos incluído no plano é «reduzir a intensidade das emissões de carbono nas operações do Grupo Syngenta em 50% até 2030, para apoiar os objectivos do Acordo de Paris sobre as alterações climáticas», sendo que este compromisso «foi validado e apoiado pela iniciativa Science Based Targets (SBTi)». O grupo refere que também «assinou recentemente o compromisso da SBTi para evitar um aumento da temperatura global de mais de 1,5 graus».
O Grupo Syngenta estabeleceu igualmente uma parceria com a Rede Solidariedade, que indica como demonstrativa da «profundidade do compromisso» que está a assumir «com a agricultura sustentável». O objectivo desta iniciativa é «implementar soluções sustentáveis a larga escala que permitam às comunidades agrícolas alcançar a segurança alimentar em várias regiões em desenvolvimento», sendo um exemplo a ajuda ao aumento do rendimento dos pequenos produtores de café da Colômbia, ao fornecer soluções contra a praga do escaravelho da broca-do-café.
Esta parceria vem juntar-se à estabelecida em 2019 com o The Nature Conservancy, anunciada no âmbito do projecto Reverte no Brasil, que «tem como objectivo recuperar um milhão de hectares de terras agrícolas degradadas nos próximos cinco anos». O Grupo Syngenta sublinha que «atingiu ou excedeu todos os objectivos do plano de compromissos The Good Growth Plan lançado em 2013, incluindo a recuperação de mais de 14 milhões de hectares de terras agrícolas à beira da degradação e a melhoria da biodiversidade em mais de oito milhões de hectares de terras agrícolas».
Para Erik Fyrwald, CEO do Grupo Syngenta, após a covid-19 «a agricultura necessita de acelerar a inovação para recuperar melhor e combater as alterações climáticas». «A pandemia do coronavírus revelou a fragilidade do ecossistema agrícola. Tal como uma pandemia, as alterações climáticas são uma ameaça inevitável que devemos enfrentar antes que seja demasiado tarde. À medida que a economia e a agricultura começam a recuperar com a diminuição gradual das restrições da covid-19, precisamos de apoiar a recuperação dos agricultores, colocando o combate às alterações climáticas e a perda de biodiversidade no centro da equação.»
Com sede na Suíça e de capital chinês, o Grupo Syngenta possui 48.000 colaboradores em mais de uma centena de países. Tem quatro unidades de negócio: Syngenta Crop Protection (com sede na Suíça); Syngenta Seeds (com sede nos EUA); Adama (com sede em Israel); Syngenta Group China.
