Syngenta lança biofungicida para vinha e hortícolas Taegro

A Syngenta lançou em Portugal o Taegro, um novo biofungicida para protecção da vinha e das culturas hortícolas contra doenças, entre as quais o oídio e a podridão cinzenta. A apresentação teve lugar a 14 de Julho, através de um webinar onde participaram técnicos da distribuição e agricultores.

Segundo a Syngenta, o novo biofungicida «controla de forma eficaz, e sem problemas de resíduos nem resistências, o oídio, a podridão cinzenta, o míldio, a esclerotínia e a alternariose, e está autorizado nas culturas do tomate, pimento, morango, alface, beringela, courgette, pepino (tanto em ar livre como em estufa) e na vinha (uva para vinho e uva de mesa). O Taegro está autorizado em Protecção Integrada e Modo de Produção Biológico.

Este novo biofungicida é formulado à base de Bacillus amyloliquefaciens (estirpe FZB24), «uma rizobactéria naturalmente presente no ambiente», e «protege as plantas através de múltiplos modos de acção», explica a empresa. «Tratando-se de um organismo vivo, ao colonizar os tecidos vegetais multiplica-se, formando uma barreira física protectora na superfície da planta, que impede a instalação dos agentes patogénicos, competindo com eles por espaço e nutrientes. Além disso, este bacillus liberta metabolitos activos com propriedades biocidas, inibindo o desenvolvimento e a propagação dos fungos e das bactérias. Por outro lado, actua estimulando a resistência natural das plantas, que ao entrarem em contacto com o bacillus o percebem como uma ameaça, activando as suas defesas naturais».

Taegro_Syngenta

A Syngenta recomenda a «aplicação preventiva do Taegro, para impedir a instalação dos patógenos nas culturas, e como ferramenta para manutenção da sanidade das plantas ao longo do seu ciclo de desenvolvimento», acrescentando que este produto «tem um posicionamento flexível», integrado no portefólio de soluções fungicidas da empresa. Os principais benefícios deste biofungicida são, de acordo com a Syngenta, «a sua flexibilidade de uso em diferentes estratégias de controlo de doenças, o total respeito pelos insectos auxiliares, a isenção de Limites Máximos de Resíduos [LMR] e o seu reduzido intervalo de segurança, de apenas um dia, podendo ser aplicado ao longo de todo o ciclo da cultura até à colheita».

Em comunicado, a empresa indica que o Taegro «expressa todo o seu potencial com temperaturas entre os 15 ºC e os 30 ºC, mas também se mostra robusto e eficaz com temperaturas mais elevadas». Para a Syngenta, este produto demonstra o seu compromisso em «disponibilizar soluções eficazes e sustentáveis aos agricultores».

«O Taegro é uma solução ideal para complementar programas onde é necessário diminuir aplicações químicas, uma vez que mantém a cultura sã até à colheita e sem problemas de resíduos», referiu Maria do Carmo Pereira, responsável pelo portefólio de biosoluções da Syngenta para Europa, África e Médio Oriente. Maria do Carmo Pereira assinalou ainda que o Taegro está em processo de registo para outras culturas e finalidades, nomeadamente árvores de fruto, olival e amendoal, e que numa fase posterior será submetido a registo para controlo de fungos de solo.

No evento de apresentação, Gilberto Lopes, Field Expert da Syngenta em Portugal, divulgou resultados de ensaios de aplicação do Taegro em vinha (oídio), alface (brémia e esclerotínia), tomate (oídio e alternariose), curcubitáceas (oídio), entre outras culturas. A partir desses dados, Gilberto Lopes concluiu que «quando este produto é integrado numa estratégia com fungicidas convencionais, o resultado obtido no controlo das doenças é equivalente, ou mesmo superior, ao conseguido com uma estratégia de controlo puramente químico», destaca a Syngenta.

Quanto a Pedro Vega, Field Expert da Syngenta em Espanha, apresentou as várias categorias de produtos biológicos usados no controlo de doenças, com foco nos biofungicidas microbianos, «que podem conter fungos ou bactérias benéficas na sua formulação». Neste âmbito, a empresa realça que «o género Bacillus, que se encontra na natureza tanto em ecossistemas aquáticos como terrestres, é um dos géneros de bactérias mais utilizado na protecção das culturas agrícolas, graças à sua elevada capacidade de colonizar as raízes das plantas e de sobreviver em solos inóspitos e em condições de elevado stress das culturas».

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