A 5 de Junho, a propósito da celebração do Dia Mundial do Ambiente, a Syngenta deu mais um passo para a instalação na cidade de Lisboa das soluções do programa “Operation Pollinator”. Este programa internacional da Syngenta visa a «protecção dos polinizadores, conservação e incremento da biodiversidade» através da instalação de margens multifuncionais e tem vindo a ser aplicado em explorações agrícolas, mas a empresa decidiu alargar o seu âmbito também a espaços urbanos.
Na sequência da resposta positiva da Câmara Municipal de Lisboa ao desafio da Syngenta para instalar margens multifuncionais e “hotéis” (refúgios de nidificação) para polinizadores em espaços verdes da cidade, a capital tornou-se a primeira cidade portuguesa a acolher o “Operation Pollinator”. Segundo a Syngenta, o projecto arrancou esta Primavera no Jardim/Rotunda Eduardo Prado Coelho, nos Olivais, onde foi instalada uma zona multifuncional, «semeada com uma mistura de sementes composta por trevos, ervilhaca, tremocilha, coentros, sanfeno e colza, com floração escalonada, onde os insectos polinizadores encontram uma fonte de alimento (pólen e néctar) e um local de refúgio».
No Dia Mundial do Ambiente foi instalado nesta margem multifuncional «um “hotel” (refúgio) para polinizadores», o qual «oferece um local de nidificação para diferentes espécies de polinizadores, como as abelhas-cortafolhas ou as abelhas-pedreiras, que nidificam em cavidades pré existentes». O refúgio foi colocado virado a Este – «podendo receber os primeiros raios de sol, mas estando protegido no momento de maior calor» – e foi construído com madeira, tijolo, canas – que «são alguns dos suportes naturalmente utilizados» – e elementos de cortiça, «que contribuem para um maior conforto térmico das espécies».
A Syngenta afirma que «a importância dos polinizadores no meio urbano tem vindo a ser reconhecida de forma crescente nos últimos anos» e que «várias cidades europeias estão a adoptar medidas para aumentar as populações de insectos polinizadores nos seus espaços verdes». Em comunicado, a empresa explica que o objectivo desta parceria com a autarquia é «levar uma amostra de uma paisagem multifuncional do campo para a cidade, contribuindo para sensibilizar a população, e em concreto a comunidade educativa, para o papel crucial dos polinizadores na agricultura e na alimentação», mencionando ainda que o espaço em que houve a intervenção «tem um grande potencial de vir a tornar-se um hotspot de biodiversidade».
«Por vezes, a limitação à fixação de espécies de abelhas solitárias num dado local não se prende com a falta de alimento, mas com a indisponibilidade de abrigo. A colocação de um refúgio vem dar resposta a esta questão, fomentando a presença continuada destes polinizadores», afirma Andreia Valente, bióloga responsável pela construção do refúgio para polinizadores, acrescentando que «estes insectos são fundamentais à manutenção de ecossistemas saudáveis e resilientes», ao realizarem a polinização.«A instalação de margens funcionais em agricultura começou em 2001 como um projecto de investigação no Reino Unido, onde a Syngenta esteve envolvida desde o início e que hoje é conhecido como Operation Pollinator e está presente em dezenas de países na Europa. Em Portugal, estamos no 11.º ano de implementação deste programa, com exemplos em explorações agrícolas de referência», diz Felisbela Campos, responsável de assuntos corporativos da Syngenta em Portugal.
Na vertente agrícola, as margens funcionais são instaladas nos limites das propriedades. Em Portugal, o programa “Operation Pollinator” é validado cientificamente por uma equipa de entomólogos da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, «que procede ao levantamento e estudo das espécies e famílias de insectos presentes nas margens multifuncionais, avaliando o seu impacto no estímulo da biodiversidade».

