Cerca de 60 agricultores e técnicos da fileira do tomate para indústria participaram nas Jornadas Tomate Indústria, realizadas pela Syngenta a 2 de Março, na Casa Cadaval, em Muge, para apresentar a sua gama destinada à protecção desta cultura.
Dentro desta gama surge uma novidade, o Eforia, um insecticida foliar com acção de contacto e ingestão, que combina na mesma formulação duas substâncias activas: a lambda-cialotrina e o tiametoxame. O Eforia destina-se ao controlo da lagarta e da mosca branca. Esta última, «na campanha passada, contribuiu para desvalorizar a qualidade do tomate», e «este ano continua a estar presente nos campos do Ribatejo», assinala a Syngenta em comunicado. Segundo a empresa, «este insecto afecta o normal desenvolvimento do ciclo da planta, com reflexos negativos na qualidade dos frutos, nomeadamente ao nível da desvalorização da cor da polpa, novo critério introduzido, este ano, pelas indústrias transformadoras para determinação do preço final pago à produção por cada tonelada de tomate».
A gama da Syngenta inclui ainda o Actara – para controlo de afídeos e da mosca branca – e o Ortiva Top – fungicida de largo espectro de acção para o controlo das principais doenças do tomate, homologado para controlo de oídio, alternariose e cladosporiose.
Nas jornadas decorreu ainda uma exposição sobre o Regime de Certificação Ambiental, aprovado em Fevereiro. Este regime permite que o cumprimento da prática greening de diversificação de culturas, por parte das explorações especializadas nos sectores mencionados [milho e tomate de indústria], seja concretizada através de uma prática equivalente – cobertura do solo durante o período de Outono-Inverno nas terras aráveis da exploração. No evento, os agricultores salientaram que esta medida «terá pouca aplicação neste sector, porque 50% das terras destinadas a tomate são arrendadas à campanha, durante seis meses, excluindo os meses de Inverno».