A Syngenta apresentou uma nova solução para o controlo do míldio da batateira – Carial Flex – explicando que combina duas substâncias activas que actuam em todos os estados de desenvolvimento do fungo, proporcionando um maior controlo do míldio, a principal doença que afecta a cultura da batateira.
O lançamento do Carial Flex decorreu a 14 de Dezembro, na Herdade do Monte Novo, concelho de Palmela, com a presença de técnicos das organizações de produtores e da distribuição, vindos de todo o País.
A Syngenta convidou a PorBatata- Associação da Batata de Portugal para uma apresentação sobre as tendências e desafios do mercado nacional da batata. «Não somos os maiores, mas somos bons produtores de batata, devemos procurar os parceiros certos e os países indicados para valorizar a batata portuguesa na exportação.
A PorBatata vai dar início a um programa de internacionalização da batata portuguesa, ancorado numa marca nacional de batata», revelou António Gomes, presidente da direcção desta associação.
Já Sandra Pereira, secretária-geral da PorBatata, explicou que o objectivo da associação «é ser a voz oficial do sector da batata junto das autoridades nacionais e estrangeiras, contribuir para o aumento da competitividade da cultura da batata e promover o consumo de batata portuguesa».
Humberto Bizarro, responsável técnico de campo da Hortapronta, introduziu o tema do míldio da batateira, recordando que é a doença mais grave nesta cultura, tanto em Portugal como em todo o mundo, podendo dizimar um campo de batata em poucas horas: «se não controlarmos o míldio, não conseguimos controlar o campo. É essencial realizar tratamentos fungicidas de forma preventiva e devemos combinar produtos com diferentes modos de acção, por forma a evitar resistências».
«O Carial Flex surge como um novo aliado dos agricultores para controlar o míldio da batateira, contendo na sua formulação, uma combinação versátil de duas substâncias activas – a mandipropamida (25%) e o cimoxanil (16%) –, que fazem deste fungicida um produto extremamente robusto no combate à doença», refere a Syngenta numa nota à imprensa.
«Este fungicida preenche uma lacuna no portfólio da Syngenta em fungicidas com acção penetrante e responde às necessidades globais do mercado português, sendo apresentado em duas embalagens – 5kg e 60g –, a primeira para o mercado mais profissional da batata e a segunda para a lavoura tradicional», explica Maria do Carmo Pereira, portfolio manager de fungicidas da Syngenta na Península Ibérica.
A mandipropamida resulta da I&D da Syngenta e está a ser trabalhada numa estratégia “multi-site free” para controlo do míldio em várias culturas, como a batateira, o tomateiro e a vinha.
Para além do Carial Flex, a mandipropamida está presente em produtos como o Carial Top, fungicida para o controlo do míldio e da alternaria da batateira e do tomateiro, e o Ampexio, um anti-míldio para vinha, ambos a lançar no mercado português em 2018.
Eleutério Málaga (na imagem), coordenador técnico na Syngenta para Portugal e as regiões Centro e Norte de Espanha, realizou uma apresentação sobre os sintomas e formas de controlo das principais doenças radiculares que afectam a batateira, algumas causadas por fungos – míldio, alternária, rizoctónia, sarna prateada e sarna pulverulenta – e outras originadas por bactérias – pé negro, murchidão bacteriana e sarna comum.
De acordo com números oficiais revelados no evento, Portugal produz em média 500.000 toneladas de batata/ano, em cerca de 25.000 hectares, e importa um volume semelhante de batata.
O grau de auto-aprovisionamento do nosso País em batata ronda os 50% e o consumo per capita é de 93,1 kg batata/habitante/ano. Já as exportações nacionais de batata são estimadas em 100.000 toneladas.