Sector europeu pede bloqueio aos citrinos da África do Sul

Foi publicado recentemente um relatório da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) sobre dois organismos, indicando que apresentam perigo para a cultura dos citrinos na União Europeia mas que ainda não estão presentes neste espaço geográfico: Phyllosticta citricarpa (que causa a doença conhecida como Black Spot) e Xanthomonas citri (que causa o cancro dos citrinos). O documento considera que as actuais medidas fitossanitárias – desde que devidamente implementadas – são eficazes para reduzir o risco da introdução do P. citricarpa na União Europeia. Se esses controlos e limitações fossem eliminados, o risco de entrada era «elevado» e essa entrada poderia ocorrer através de todos os diferentes tipos de citrinos importados ou mesmo das suas folhas. É ainda indicado que, caso a doença entre numa área não afectada, as opções para impedir o seu estabelecimento e disseminação são limitadas. Assim, o mais eficaz é prevenir a entrada do patogéneo.

Em consequência, várias entidades do sector agrícola europeu, nomeadamente a Copa-Cogeca (que representa os agricultores e as cooperativas agrícolas da Europa), já pediram a aplicação de medidas urgentes: suspender de imediato as importações de citrinos da África do Sul (normalmente começam em Março); reforçar os controlos fitossanitários da UE; reforçar a monitorização das importações de outras origens, como a América do Sul, onde a doença também foi detectada; fortalecer os sistemas de fitossanidade das plantas da UE.

Apesar de a Comissão Europeia ter, no início de 2013, anunciado uma política inflexível sobre esta matéria, só suspendeu as importações de citrinos da África do Sul em Novembro, quando a campanha já tinha terminado, mesmo tendo ocorrido, em todo o ano, 38 intercepções de frutos deste país africano contaminados com a Black Spot. Toda a gestão deste processo por parte da Comissão Europeia mereceu amplas críticas do sector. Acresce a isto que, entretanto, a suspensão das importações de citrinos da África do Sul para a UE foi levantada em Janeiro.

A União Europeia tem cerca de 500.000 hectares de citrinos, que produzem cerca de 10 milhões de toneladas de frutos. As importações de citrinos da África do Sul ascendem a cerca de 400.000 toneladas.

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