Para ajudar os produtores a reduzir o impacto do embargo russo, Bruxelas anunciou um primeiro pacote de ajudas de 125 milhões de euros em agosto, que se esgotou em tempo recorde.
Portugal conseguiu 707.575 euros de ajudas, dos 1.16 milhões solicitados. Já em outubro, a comissão criou uma nova tranche de 165 milhões de euros, com regras mais rígidas e equilibradas.
A estes montantes juntam-se apoios para o setor do leite. Contas feitas, são 344 milhões de euros, que equivalem a 79% da reserva de emergência prevista pela Política Agrícola Comum (PAC) para 2015, onde Bruxelas quer ir buscar as verbas.
Contudo, a alocação destes fundos já foi contestada por 21 Estados-membros, Portugal incluído. «A reserva de crise deve ser preservada para manter a nossa capacidade de resposta a qualquer dificuldade em 2015», defenderam. Ao usar o fundo de emergência, sobram apenas 89 milhões de euros para fazer face a qualquer imprevisto no setor no próximo ano.
Polónia, Holanda, Espanha, Alemanha, Dinamarca, França e Finlândia são os países mais afetados pelo embargo. Contudo, os produtores têm tentado vender para a Rússia através de outros países. Ainda recentemente, a autoridade de segurança alimentar russa travou a importação de 21 toneladas de maçãs polacas, que acabou por ser devolvida. Foi ainda detetada a venda de 7500 toneladas de carne de porco da Lituânia.