O concelho de Odemira está inserido no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e o plano de ordenamento deste território está a ser alvo de uma discussão regional e nacional porque a defesa do ambiente e a agricultura têm de co-existir. O Perímetro de Rega do Mira (PRM) foi amplamente abordado no 1.º Colóquio Hortofrutícola Faceco, promovido pela organização de produtores Lusomorango no passado dia 21 de Julho, no âmbito da Feira das Atividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira (Faceco).
Apesar de parecer não existir uma co-existência muito pacífica entre a a defesa do ambiente e a agricultura, a mensagem mais transmitida no evento, por vários intervenientes, foi a necessidade de equilíbrio e cedências mútuas. Para o director-executivo da Associação de Beneficiários do Mira (ABM), «o futuro depende das políticas nacionais e locais e tem de haver equilíbrio entre a empresa agrícola e as questões naturais». Manuel Amaro Figueira concluiu que «é impossível que as empresas não se compadeçam com aquilo que o mercado quer e o mercado não se compadece com as questões ambientais».
No Colóquio, além da relação ambiente-agricultura, também se analisou o retrato económico do concelho de Odemira e questões ligadas à exportação. Luís Mesquita Dias, director-geral da Vitacress, destacou «a importância de ter uma marca» e defendeu «a criação de uma marca Sudoeste». O mesmo responsável disse ainda que a região deve apostar no modo de produção biológico, «um segmento que está a crescer em toda a Europa».
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