A CONFAGRI promove, no próximo dia 19 de Janeiro, um Seminário sobre o Estatuto da Pequena Agricultura Familiar, que se encontra em consulta pública.
Reconhecendo a importância desta temática para a promoção do desenvolvimento rural e coesão territorial, a CONFAGRI explica que vem ao encontro das solicitações de várias organizações agrícolas da região Norte, nomeadamente de muitas cooperativas agrícolas, onde a pequena agricultura familiar assume uma expressão económica e social muito relevante.
«É urgente que se encontrem respostas e soluções para superar os inúmeros desafios que os pequenos agricultores enfrentam sob pena de sacrificarmos o principal suporte de vida de alguns dos principais espaços rurais do nosso País», reforça Francisco Silva, secretário-geral da CONFAGRI.
O encontro terá lugar pelas 15h., no Espaço AGROS, em Argivai (Póvoa do Varzim), e vai ser conduzido por Arlindo Cunha, professor da Universidade Católica do Porto e ex–ministro da Agricultura, e pela advogada Ana Rosado, que vai abordar a questão do Novo Código da Contratação Pública e as exigências que dele decorrem para as organizações agrícolas.
Em Portugal, cerca de 284.000 explorações agrícolas classificam-se como familiares, o que representa 93% do total das explorações, 49% da superfície agrícola utilizada e mais de 80% do trabalho agrícola.
As actividades da agricultura, produção animal, floresta, caça, e serviços que estão directamente relacionados com a pequena agricultura familiar, são determinantes em grande parte do nosso território, assumindo relevância na produção, no emprego, na preservação do ambiente e da biodiversidade, bem como garantindo uma presença em muitas áreas do interior, defende a CONFAGRI, acrescentando que se torna assim imperioso estabelecer políticas que reconheçam e potenciem a contribuição da pequena agricultura familiar no desenvolvimento rural.