As microalgas marinhas são ricas em carotenoides, moléculas com capacidade antioxidante, que podem proteger o azeite relativamente à rancidez que se desenvolve quando as gorduras entram em contacto com o ar. Ao menorizar esta deterioração do azeite será possível, por exemplo, alargar o prazo de validade do produto.
Esta é uma das potencialidades das microalgas marinhas na melhoria de qualidade do azeite, segundo um estudo do departamento de Química e Física Analítica da Universidade de Jaén, em Espanha.
Os investigadores envolvidos nesta pesquisa afiança que, ao passo que actualmente o prazo de validade ronda os 12 meses, com «a adição destes antioxidantes, a validade pode ir além de um ano».
A resistência à oxidação acarreta também maior estabilidade do azeite perante a luz e mudanças de temperaturas. «As moléculas antioxidantes permitem, apesar da existência de ciclos de aquecimento, que o azeite conserve as suas propriedades.»
«O aumento da estabilidade à oxidação do azeite está relacionado com a composição dos extractos de microalgas que utilizámos, nomeadamente a Scenedesmus almeriensis. Esta é uma espécie rica em betacarotenos e luteína, ambos antioxidantes», pormenoriza Ruperto Bermejo, investigador principal.