As variedades de maçãs geneticamente modificadas, Arctic Granny e Arctic Gold, estão, a partir deste mês, disponíveis para comercialização nos Estados Unidos da América (EUA). As maçãs foram transformadas, recorrendo à engenharia genética, de modo a resistirem à oxidação (processo químicos que escurece a fruta quando cortada).
A aprovação veio do Departamento de Agricultura norte-americano (USDA, na sigla inglesa), que acredita que a alteração às duas variedades de maçã feita pela empresa canadiana Okanagan Specialty Fruits «não terá um impacto significativo para o ambiente» ou para os consumidores.
As maçãs são desenhadas para terem uma baixa concentração de polyphenol oxidase, a enzima que reage quando a fruta é cortada e a torna escura rapidamente.
Alguns representantes da indústria mostram desconfiança em relação ao produto e ao potencial interesse dos consumidores. Todd Fryhover, presidente da Comissão de Maçãs de Washington, considera que «a não-oxidação não é um factor nas decisões dos consumidores».
A inovação da empresa canadiana também poderá ser pouco benéfica para quem comercializa maçãs com as características tradicionais, notam os produtores. Randy Steensma, representante da Honey Bear Tree Fruit Company, sublinha que existe a possibilidade de que a comercialização dos dois tipos de maçãs modificadas confunda os consumidores, que poderão pensar que todas as variedades têm essa característica.
Portugal é um dos cinco países onde é permitida a produção de organismos geneticamente modificados (OGM). A área cultivada com produtos com esta designação corresponde a 8.542,41 hectares do território nacional. O Bloco de Esquerda (BE) apresentará, em breve, um projecto de lei que pretende proibir o cultivo, importação e comercialização dos OGM, em Portugal.
