A Koppert anunciou uma nova solução biológica, designada Rhyzobug, que pode ser aplicada em culturas de estufa e de ar livre para controlar diversos tipos de cochonilhas-de-escudo. A solução é baseada na Rhyzobius lophanthae, uma espécie de joaninha, e pode ser utilizada para «controlar várias espécies de cochonilhas-de-escudo, incluindo a cochonilha-de-pinta-vermelha, cochonilha-branca e cochonilha-de-São-José, entre outras», refere a empresa.
Segundo a Koppert, «a espécie está a revelar-se eficaz em diversas culturas de ar livre, incluindo citrinos, uvas, amoras, kiwi e manga». De acordo com a empresa, o Rhyzobug estará inicialmente disponível em Portugal, Espanha, França, Itália e África do Sul.
Jenette Douma, gestora de produto, afirma que o Rhyzobug «é muito fácil de aplicar», indicando que «devemos iniciar as largadas assim que detectemos as primeiras cochonilhas-de-escudo». «O produto deve ser aplicado ao final da tarde directamente nas plantas. A dose de introdução recomendada em culturas de ar livre é de 500 a 3.000/ha. As largadas devem repetir-se uma ou duas vezes, dependendo da pressão da praga», diz.
A empresa enumera diferentes razões para usar o Rhyzobug: «Reduz o número de aplicações de pesticidas. Facilita o cumprimento da lista negra de pesticidas na cadeia de valor. Contribui para um produto final mais saudável. É amigo do ambiente e melhora a biodiversidade. Controla várias espécies de cochonilhas-de-escudo de forma eficaz. É fácil de aplicar. É fácil de combinar com outros inimigos naturais como Aphytis melinus. Tanto os adultos como as larvas de Rhyzobius lophanthae são predadores de cochonilhas-de-escudo». A Koppert explica que «as cochonilhas-de-escudo sugam a seiva das plantas, incluindo das árvores de fruto e dos pequenos frutos, provocam a queda das folhas e, nos casos mais graves, a morte de caules e ramos».
Jenette Douma declara que «os nossos colegas da Koppert Espanha têm sido fundamentais para tornar este produto eficaz em culturas de ar livre». «Aumentámos o volume de Rhyzobug, de 250 para 500 joaninhas, e mudámos a embalagem de uma garrafa de plástico para um tubo de cartão mais sustentável, mais adequado para a agricultura», assinala.
A Koppert destaca ainda que, «tal como acontece com todo o transporte de insectos vivos, é necessário ter um cuidado especial para que as joaninhas estejam aptas a fazer o seu trabalho quando são largadas na cultura». «Actualmente, o destino mais longínquo para onde enviamos Rhyzobug é a África do Sul, e os nossos testes de transporte rodoviário e aéreo provaram ser bem-sucedidos», indica Jenette Douma.