O Fórum para a Competitividade realizou o estudo “Portugal – Uma estratégia para o crescimento” e concluiu que «Portugal precisa de crescer a 3% ao ano, para compensar a estagnação dos últimos 16 anos». A agricultura, a floresta e a indústria complementar ao sector primário «podem dar um importante contributo».
O mesmo trabalho destaca sete áreas de investimento produtivo, considerando prioritários os «investimentos em hortícolas, frutícolas, floricultura, floresta, olival e vinha».
O sector agrícola nos últimos cinco anos foi o que «melhor se portou» na economia nacional, ainda que no que respeita ao emprego não tenha tido um desempenho tão favorável.
No estudo refere-se que o Valor Acrescentado Bruto (VAB), entre 2012 e 2015, teve uma taxa de crescimento negativa (-0,9%), mas a agricultura, a silvicultura e as pescas revelaram um crescimento na ordem dos 2,4% (dados do Instituto Nacional de Estatística).
Apesar deste desempenho, o Fórum para a competitividade assinalou as áreas, na agricultura, que «precisam de reformas». A saber: «A excessiva fragmentação da propriedade; a insuficiência do regadio, quando o nosso clima o torna essencial; elevado custo de factores; morosidade do licenciamento e burocracia; insuficiente valorização dos bens públicos produzidos pelo sector; demasiadas condicionantes ambientais, sobretudo pela rigidez com que são geridas; mão-de-obra com qualificações muito baixas; necessidade de reforçar as exportações e expandir fortemente o turismo rural; desenvolver marcas próprias e aumentar a incorporação de valor acrescentado».
O estudo foi desenvolvido por um grupo composto por empresários dos sectores agrícola, florestal e indústria de derivados.