Grupo operacional + Arroz lança livros sobre infestantes da cultura

“Infestantes de arrozais de Portugal” e “Boas práticas na gestão das infestantes do arroz” são dois livros lançados no âmbito do grupo operacional “+ Arroz”. Este consórcio é liderado pela Lusosem e integra várias entidades ligadas à produção e investigação na fileira do arroz: Associação para o Desenvolvimento do Instituto Superior de Agronomia (ADISA), Associação Nacional dos Produtores e Comerciantes de Sementes (Anseme), Aparroz – Agrupamento de Produtores de Arroz do Vale do Sado, Cotarroz – Centro Operativo e Tecnológico do Arroz, Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAP Centro) e Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV).

Da autoria de Teresa Vasconcelos, Ana Monteiro, Arlindo Lima e Paulo Forte, docentes e investigadores do ISA – «que contam com uma vasta experiência prática de investigação na cultura do arroz e, em particular, no tema das infestantes», indica um comunicado da Lusosem –, a obra “Infestantes de arrozais de Portugal”, lançada pela Lusosem e pelo ISA, «compila informação sobre a biologia e ecologia de cerca de 70 táxones de infestantes presentes nos arrozais nacionais», incluindo as suas características morfológicas – plântula, planta adulta, caules, inflorescências, folhas, flores, frutos, semente –, órgãos de propagação e estados fenológicos. Segundo o comunicado, «a correcta identificação das infestantes, e o conhecimento da sua biologia e ecologia, é imprescindível para um controlo eficaz», o que torna este livro «um documento de consulta obrigatória para técnicos e agricultores que se dedicam à cultura do arroz».

Manual Boas Práticas na Gestão das Infestantes do Arroz

Quanto ao manual “Boas práticas na gestão das infestantes do arroz”, que integra os resultados do projecto, constitui um «documento de trabalho fundamental para ajudar os orizicultores a implementar estratégias eficazes de controlo das infestantes em cada parcela, através de métodos culturais, mecânicos e químicos». A Lusosem sublinha que «é um guia de carácter operacional», que foi realizado com «uma abordagem simplificada às principais infestantes», que inclui «elementos para o conhecimento e identificação destas infestantes, a problemática das resistências e ponto de situação actual» e que, nas suas páginas, se propõe ao orizicultor, «de uma forma muito prática, uma abordagem sistémica ao problema da gestão das infestantes, através de estratégias que envolvem todo o sistema cultural com uma planificação no médio e longo prazo, e não apenas centrada na aplicação de herbicidas».

Na vertente dos meios culturais, refere-se a rotação de culturas – «técnica que permite reduzir de forma impactante a pressão das infestantes», diz o comunicado –, propõe-se a falsa sementeira «como medida que melhora o controlo das infestantes» e «é recomendada a alternância de diferentes técnicas de sementeira do arroz como uma ferramenta útil para a gestão de infestantes». A nível das operações culturais de Outono-Inverno, «recomendam-se, entre outras, a queima dos restolhos, a incorporação de palhas, restolhos e infestantes no solo com rodas-arrozeiras e o reviramento superficial do solo no início da Primavera, como formas de controlo das infestantes».

Na temática de meios de controlo químico, foi desenvolvido um “Guia para o Orizicultor 2020”, com base nos herbicidas autorizados em Portugal, onde são apresentados «três programas de controlo das infestantes que se destacaram entre os muitos utilizados», sendo que nestes programas se usaram «herbicidas com diferente modo de acção, procurando alcançar uma maior eficácia e, paralelamente, reduzir o risco do desenvolvimento de resistências aos herbicidas». Este manual inclui um subcapítulo sobre “Qualidade da pulverização”, tema «não menos importante para a eficácia dos tratamentos herbicidas».

arroz1

O comunicado assinala que, «para auxiliar os orizicultores a seleccionar os herbicidas mais adequados no controlo de cada infestante, em cada estado fenológico da cultura e estado fenológico das infestantes, o projecto “+ Arroz” criou ainda uma Ferramenta Inteligente de Apoio à Decisão (FIAD)» e que todos estes resultados estão disponíveis para consulta no site do projecto. Financiado pelo Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020 (PDR 2020), o grupo operacional “+ Arroz – Sustentabilidade do agro-ecossistema arrozal nacional”, visa «encontrar soluções estruturais e sustentáveis, orientadas para a resolução do problema do controlo de infestantes no arroz, nomeadamente de Echinochloa spp, nas três regiões orizícolas em Portugal».

A Lusosem realça que «as infestantes do arroz representam um problema crescente para os orizicultores em Portugal, tal como noutras regiões produtoras de arroz a nível mundial, e são o principal factor biótico responsável pela perda de rendimento na cultura». A isto junta-se o facto de a resistência das infestantes aos herbicidas ser «um problema crescente que ameaça a sustentabilidade da cultura, tendo já sido detectadas em Portugal resistências em populações de Echinochloa spp».

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