Granizo causa milhões de prejuízos em maçã e cereja

Os produtores de maçã em Moimenta da Beira sofreram prejuízos na ordem dos milhões de euros na sequência do granizo que caiu naquela região no domingo, dia 31 de Maio, e também no dia seguinte.  Em poucos minutos, milhares de maçãs ficaram destruídas e os produtores fazem agora contas, numa campanha que ficou, asseguram, totalmente arrasada.

O mercado da maçã representa para esta região um volume de negócio que varia entre os 50 e os 60 milhões de euros.

Também a cereja, que vai em plena campanha, foi fortemente afectada pelo granizo. Em plena época da colheita da cereja, a Cova da Beira sofreu este revés e Vítor Pereira, presidente da Câmara da Covilhã, admite que a produção fique totalmente perdida. Por isso, vai pedir ajuda.

«São consequências que vamos ter de apurar e vamos pedir ao Ministério da Agricultura que ajude. Nós, autarcas, não vamos deixar de reivindicar ajudas para os nossos agricultores, os nossos fruticultores, porque estão muito afectados por este efeito meteorológico, que parece que vai continuar», referia o autarca.

Entretanto, o Ministério da Agricultura enviou um comunicado dando conta de que está a avaliar no terreno os efeitos provocados pelo temporal, que afectou sobretudo a região Norte e a região Centro.

Simultaneamente, estão a ser estudadas medidas que «visam minimizar os prejuízos que vierem a ser quantificados e traçar soluções, como a criação de uma linha de crédito bonificado para apoiar os produtores que sofreram uma forte quebra na produção provocada pelas condições meteorológicas adversas»

A ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, admite a possibilidade de utilizar a medida 6.2.1 de Prevenção de Calamidades e Catástrofes Naturais, que permite apoiar investimentos destinados a reduzir ou prevenir o impacto de catástrofes naturais, fenómenos climáticos adversos ou acontecimentos catastróficos. Esta medida poderá permitir aos produtores das regiões, que são afectadas sistematicamente, instalar equipamentos de prevenção, nomeadamente redes antigranizo e, assim, evitar ou minimizar situações futuras.

Maria do Céu Albuquerque lembra ainda que está agendada, para 16 de Junho, uma reunião ordinária da Comissão de Acompanhamento do Sistema dos Seguros Agrícolas, no âmbito da qual está previsto analisar este tipo de situações, e encontrar formas para que um maior número de produtores adira aos seguros agrícolas.

 

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